Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

Com STF sob fogo, Gilmar questiona lentidão da PEC dos Militares

Ministro apontou que proposta do governo Lula está empacada no Senado e falou em 'estranha prioridade'

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Em seu discurso na quinta-feira (24), um dia após a aprovação no Senado da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita as decisões individuais de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Gilmar Mendes embutiu um recado que teve o Legislativo e as Forças Armadas como alvos simultaneamente.

Mendes lembrou que o problema da participação política dos militares segue sem regulamentação mesmo após os diversos ataques de membros das Forças Armadas às instituições democráticas nos últimos anos e que desembocaram nas investidas golpistas de 8 de janeiro. O ministro lançou mão de tom irônico para dizer que agora se descobriu que a grande ameaça à democracia no Brasil é o STF.

Gilmar Mendes, ministro do STF, durante entrevista à Folha em seu gabinete
Gilmar Mendes, ministro do STF, durante entrevista à Folha em seu gabinete - Pedro Ladeira-10.set.2021/Folhapress

Discutida no governo Lula (PT) desde o começo do mandato, a PEC dos Militares surgiu com a proposta de obrigá-los a se aposentar para disputar eleição ou assumir ministério. No entanto, ela tem tramitado lentamente, tem sido desidratada e deve determinar apenas que os integrantes das Forças Armadas sejam transferidos para a reserva caso decidam lançar candidaturas.

Ela seria votada na quarta-feira (22) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, mas os senadores pediram mais tempo para análise.

"As ameaças que vieram de setores das Forças Armadas contra este tribunal e contra a democracia não merecem resposta. Até agora continuam elegíveis os militares. Nenhuma solução nesse sentido. Policiais continuam a fazer carreira, se elegem, e depois voltam para a força. Nenhuma resposta em relação a temas que são urgentes para a democracia. O problema é o STF e as suas liminares. Estranha prioridade", afirmou Mendes.

Em reação à aprovação da PEC que mira o STF, Mendes disse que a corte não é composta por covardes ou medrosos e que os ministros não se submeterão ao "tacão autoritário" que, segundo ele, representa a emenda aprovada pelo Senado. Ele ainda chamou os patrocinadores da PEC de "pigmeus morais".

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.