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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Cortar gasto é como cortar unha, tem que ser todo dia, diz cotado para presidir PSDB

Ex-governador de Goiás, Marconi Perillo afirma que partido tem de focar na questão fiscal e ter atitude clara de oposição

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Cotado para presidir o PSDB a partir do mês que vem, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo diz que o partido precisa ter uma atitude clara de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defende que o foco dos tucanos esteja na defesa da redução de gastos públicos.

O ex-governador de Goiás Marconi Perillo, cotado para presidir o PSDB - Keiny Andrade/Folhapress

"Gasto público é como cortar unha, tem que cortar todo dia", diz Perillo ao Painel. Entre os pontos que ele critica está o fato de o país ter hoje quase 40 ministérios.

"Temos de ter um foco fortíssimo na gestão. Já estamos vendo, por exemplo, propostas de furar o arcabouço fiscal", afirma.

O problema da gestão Lula, diz o ex-governador, é o embate permanente entre o Ministério da Fazenda, que busca zerar o déficit fiscal, e uma orientação que começa no próprio Lula para aumentar os gastos.

"Vejo o [Fernando] Haddad numa luta para equilibrar o orçamento, mas também vejo as portas do governo muito arreganhadas no gasto", afirma.

Filiado ao PSDB há 28 anos, partido pelo qual exerceu os cargos de governador, senador e deputado federal, Perillo é o nome que vem sendo costurado por ao menos dez diretórios estaduais para substituir Eduardo Leite na presidência do partido após 30 de novembro, quando os tucanos farão uma convenção nacional.

Governador do Rio Grande do Sul, Leite decidiu abrir mão do cargo e se concentrar na gestão estadual. Sua saída deve abrir caminho para o partido ter uma atitude mais incisiva de oposição.

"Tem que ter uma postura nítida, clara, de oposição. Mas o PSDB jamais fez oposição pela oposição", diz Perillo.

O partido, afirma o ex-governador, tem de se preparar para ter candidato a presidente em 2026, que, em sua opinião, deve ser Leite.

"A decisão de não ter candidatura própria no ano passado foi muito ruim, foi um erro grave. O partido terá candidato em 2026. Eduardo Leite é o nome, não há outro", declara.

Para fortalecer o partido, diz Perillo, é importante trazer de volta quadros que deixaram a legenda e investir em ações para atrair jovens.

"Tem uma geração que não conhece o legado do PSDB, do Plano Real, das privatizações que deram certo. Temos que ter sangue novo", afirma, citando temas como inclusão digital, ciência e tecnologia como prioritários para o PSDB no futuro.

Perillo diz que propôs numa reunião interna recentemente que o deputado federal Aécio Neves (MG) voltasse a presidir o partido.

"Ele foi atingido com uma denúncia fake lá atrás e teve o mandato dele interrompido pela metade. Nada mais justo que alguém com a experiência dele presida um partido da importância do nosso, que precisa ser reerguido nacionalmente". Aécio, no entanto, tem dito que não tem interesse em voltar ao cargo.

Adversário local do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), Perillo é o nome natural para liderar uma candidatura opositora ao governo de Goiás em 2026.

Caiado, diz ele, é "um governador que beira o despotismo". "É extremamente arrogante. Quem ousa discordar é veementemente atacado. Essa face truculenta do governador não é conhecida no restante do Brasil", declara..

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