Secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy ainda não conversou com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), a respeito da tentativa do presidente Lula de filiá-la ao PT para que seja vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) em 2024. As tratativas se arrastam há mais de um mês.
Segundo aliados do prefeito, a postura da ex-senadora tem gerado mais mal-estar na administração do que uma eventual saída. No atual cenário, ninguém da gestão sabe nem se Marta considera a possibilidade de deixar a gestão ou o estágio das conversas dela com Lula e o PT. Eles afirmam que ela poderia ao menos apresentar as linhas gerais do cenário para o emedebista e seu grupo mais próximo.
"Como para mim não chegou nada oficial, a Marta, que tem acesso direto a mim e não me disse nada, eu não estou considerando a hipótese desse assunto ser real", afirma o prefeito ao Painel. "Ficam várias pessoas palpitando no meu ouvido, mas eu confio na Marta. Temos uma relação muito boa e de muitos anos", completa.
Mais do que secretária, Marta é considerada uma conselheira do prefeito, o que tem feito com que o desconforto com seu silêncio seja ainda maior no núcleo restrito do emedebista. A ex-senadora entrou em férias no dia 15 de dezembro e voltará a trabalhar no dia 14 de janeiro.
Reportagem da Folha mostrou que Lula telefonou para Marta em 23 de dezembro para reforçar seu desejo de que ela componha a chapa do deputado psolista.
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