Os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, do PT, denunciaram Rubinho Nunes (União) à Corregedoria da Câmara Municipal de SP.
Eles afirmam que as ações e falas do colega sobre o padre Julio Lancellotti configuram quebra de decoro, abuso de prerrogativas do mandato, incitação à discriminação, ofensas morais e desrespeito à dignidade de todo cidadão.
Crítico do religioso, Nunes se referiu ao pároco como "cafetão da miséria", convocou-o a prestar depoimento e protocolou CPI para investigar ONGs que também atuam com pessoas em situação de rua e dependentes químicos no centro de SP, como mostrou o Painel. As medidas geraram críticas de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, entre outros.
"Não é razoável que um vereador que foi eleito para representar os munícipes da cidade de São Paulo persiga e ofenda um padre que faz um trabalho reconhecido de socorro e acolhimento à população em situação de rua no Centro de São Paulo", afirma Luna.
Na última semana, o padre disse à coluna que o vereador e seus aliados "ficam personalizando e criminalizando para fugir do debate da questão" e que deveriam "convocar o prefeito [Ricardo Nunes (MDB)], a Secretaria de Assistência Social, que têm o dinheiro público".
"Esse ataque ao meu mandato reflete o modus operandi do PT: perseguir, cassar, prender e calar opositores. Exatamente o que temos visto ao longo de 2023 com Lula no poder", afirma Nunes.
O vereador diz que Luna persegue "quem cumpre o papel de vereador, que é fiscalizar", e que isso só o motiva a "seguir em frente contra as máfia da miséria em São Paulo."
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.