Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Antes de pedir boicote a empresas de judeus, Genoino tinha histórico simpático a Israel

Quando era petista 'moderado', deputado defendeu segurança do Estado judeu e solidarizou-se diversas vezes com seu povo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Criticado por ter pregado boicote a empresas ligadas a judeus no último sábado (20), o ex-deputado federal José Genoino (PT-SP) tem um histórico de declarações bem mais favoráveis ao Estado de Israel e a seu povo.

O ex-deputado federal José Genoino em reunião do PT, em 2020 - Zanone Fraissat/Folhapress

Em discurso na Câmara em abril de 2002, por exemplo, ele defendeu "a legitimidade e a segurança do Estado de Israel e do Estado da Palestina".

Embora tenha criticado o "genocídio" praticado pelo governo do então primeiro-ministro direitista Ariel Sharon, destacou que isso não significava hostilidade aos judeus.

"Não confundimos o povo judeu. Não confundimos a nação judaica com o que está acontecendo, principalmente sob a liderança do governo Ariel Sharon", declarou.

A crítica que ele sofre agora de entidades judaicas como a Conib é justamente por ter defendido represália a empresas de judeus por causa da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.

As declarações de Genoino sobre o tema refletem o arco de sua trajetória política nas últimas décadas. Dos anos 1990 até 2005, quando foi atingido pelo mensalão, ele era a face mais moderada do PT. Após o escândalo, no entanto, passou a radicalizar suas posições.

Num partido abertamente hostil a Israel, ele tinha como praxe fazer pronunciamentos parabenizando o Estado judeu em datas importantes, como os 50 anos da sua criação, em abril de 1998. "O povo judeu foi profundamente sacrificado, massacrado com o fenômeno político e ideológico do nazifascismo", disse.

Em novembro de 1995, expressou também da tribuna da Câmara condolências pelo assassinato do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin. Alguns meses antes, havia parabenizado Israel por sua data nacional.

Em 1993, fez dois pronunciamentos saudando o Acordo de Oslo, entre Israel e Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Em 1992, expressou condolências a Israel após um atentado contra a embaixada do país em Buenos Aires.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.