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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Controladoria da Prefeitura de SP multa em R$ 17,8 milhões entidade que geria Theatro Municipal

Instituto Brasileiro de Gestão Cultural é acusado de contratar empresas que prestaram serviços fictícios ou superfaturados

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A Controladoria Geral do Município da Prefeitura de São Paulo multou em R$ 17,8 milhões o Instituto Brasileiro de Gestão Cultural (IBGC), organização social que administrou o Theatro Municipal entre 2013 e 2016.

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Interior do Theatro Municipal de São Paulo - Heloisa Ballarini/Secom

Segundo a CGM, houve fraude no contrato de gestão firmado pela prefeitura com a entidade, cujo valor original, de R$ 12,76 milhões, foi aditado 16 vezes de forma irregular, segundo considerou o Tribunal de Contas do Município.

A auditoria da controladoria identificou 19 empresas que foram contratadas pelo Instituto para prestação de serviços fictícios ou superfaturados, com recursos desviados para pessoas físicas e jurídicas ligadas à direção do Theatro e da entidade.

"O Instituto funcionava como uma espécie de hub de várias outras empresas que prestavam serviços irregulares", diz o controlador-geral do município, Daniel Falcão.

O órgão da prefeitura apontou, além das infrações, ausência de procedimentos internos de integridade e falta de cooperação da entidade, que foi intimada a apresentar suas alegações no processo, mas não o fez.

As investigações começaram em 2016, a partir de acordos de delação feitos por empresários que tinham negócios com o Instituto.

Posteriormente, também houve delação de William Nacked, ex-diretor da entidade

A multa aplicada pela Controladoria é direcionada apenas à entidade como pessoa jurídica, e não às pessoas físicas envolvidas. Com relação a elas, há um procedimento criminal em curso na Justiça.

"É o fim de uma novela que se arrasta há anos", diz o procurador do município Otavio Cucinelli, que presidiu a comissão que investigou o caso.

O próprio Fernando Haddad (PT), que era prefeito à época, chegou a ser acusado pelo Ministério Público de ter acobertado o desvio e se defendeu dizendo que na verdade ajudou a desbaratar o esquema.

No ano passado, um dos promotores responsáveis pelo caso, Marcelo Milani, admitiu que fez a acusação motivado por sentimento de vingança contra o ex-prefeito.

O Painel não conseguiu contato com os advogados dos representantes do Instituto.

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