Dez dos maiores blocos do Carnaval de rua de São Paulo reuniram-se para montar o Blocão, associação sem fins lucrativos para atuar nas pautas relativas ao evento na capital. A ideia do grupo é facilitar a interlocução com o poder público e outros agentes envolvidos nos desfiles.
Participam da iniciativa os blocos Acadêmicos do Baixo Augusta, Agrada Gregos, Casa Comigo, Domingo Ela Não Vai, Explode Coração, Ilú Obá de Min, Minhoqueens, Pagu, Tarado Ni Você e Tatuapé. Eles, que representam cerca de 70% do público, pretendem lançar um manifesto sobre a iniciativa em breve.
Ao todo, o Carnaval de São Paulo terá 637 desfiles oficiais de 579 blocos aprovados pela Comissão Especial de Organização do Carnaval de Rua 2024. Os festejos têm início no fim de semana anterior ao Carnaval oficial e acontecem também no fim de semana seguinte.
O Blocão deverá atuar com atenção especial para questões que dizem respeito especificamente à estruturação de grandes desfiles, com público de no mínimo 50 mil pessoas, mas com a expectativa de que a articulação possa trazer benefícios ao Carnaval de toda a cidade em relação a pautas comuns, como a segurança pública.
O nova associação poderia unificar, por exemplo, a reação à suposta demora da gestão Ricardo Nunes (MDB) para a definição do patrocínio da festa de rua. Os organizadores dos blocos têm dito que a lentidão atrapalha a organização dos blocos. As empresas interessadas em patrocinar os blocos individualmente dependem da divulgação da marca vencedora da licitação da gestão municipal para criar a estratégia.
Nesta terça-feira (16), a prefeitura anunciou que a cervejaria Ambev foi a vencedora do edital.
Os blocos também têm criticado a determinação do horário limite de 18h para o encerramento dos desfiles, considerado muito cedo. Eles reivindicam autorização para manter as atividades na rua até as 22h.
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