Novo secretário de Relações Internacionais de Ricardo Nunes (MDB), Aldo Rebelo foi autor de projeto de lei que pretendia proibir o uso de estrangeirismos em comércio, meios de comunicação, publicidade e estabelecimentos de ensino.
Ele diz ao Painel que seu projeto de 1999 "é mais atual do que nunca" e tinha por finalidade "valorizar o ensino e a aprendizagem da língua portuguesa e proteger o idioma contra o abuso dos estrangeirismos".
"Por que substituir liquidação ou ‘queima’ das lojas populares pelo pedante ‘sale’, para não falarmos de ‘delivery, ‘playoffs’, ‘valet parking’, ‘drive thru’", escreveu em 2001, na Folha.
"Ou deveríamos aceitar que a moeda da globalização (o dólar) imponha, além de seus esquemas monetários, seus modelos culturais e também seus padrões linguísticos?", completou.
Na época, Rebelo era deputado federal pelo PC do B (hoje está no PDT).
Originalmente, o projeto previa cobrança de multa de até R$ 14 mil de quem usasse estrangeirismos, mas que foi retirada do texto. Outra sanção prevista era o infrator ser obrigado a ter aulas de português.
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