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Descrição de chapéu África

Brasil e União Africana negociam parceria para preservar memória da escravidão

Memorando de entendimento cita 'impacto prejudicial da escravatura, do colonialismo e da segregação racial contra africanos e pessoas de ascendência africana'

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Brasília

O governo brasileiro e a União Africana discutiram nesta sexta-feira (16) na Etiópia a assinatura de um memorando de entendimento envolvendo parcerias para preservação da memória da escravidão e do tráfico transatlântico de africanos escravizados para o Brasil.

Representantes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania discutiram o documento, que vai prever cooperação mútua entre Brasil e União Africana.

Pintura de Johann Moritz Rugendas mostra Cais de Valongo, principal entrada de escravizados, no Rio de Janeiro
Pintura de Johann Moritz Rugendas mostra Cais de Valongo, principal entrada de escravizados, no Rio de Janeiro - Iphan

A reunião envolveu a coordenadora-geral de Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas do ministério, Fernanda Thomaz, a organização da diáspora e o conselho econômico-social e cultural da União Africana, além da assessora especial para Assuntos Internacionais do ministério, Clara Solon.

"Essa proposta de parceria nasce para pensar a memória do tráfico e da escravidão e das contribuições dos africanos não só no Brasil, mas na diáspora e no continente africano", diz Thomaz.

O memorando de entendimento terá como objetivo fortalecer os laços históricos, científicos e culturais entre o Brasil e países africanos. O documento diz que "as consequências da diáspora africana são uma preocupação compartilhada entre os países" e reconhece o "impacto prejudicial da escravatura, do colonialismo e da segregação racial contra africanos e pessoas de ascendência africana".

O objetivo é promover debates sobre memória e reparações históricas por meio de ações de preservação e explicação do legado africano. As propostas de cooperação incluem diálogo e trocas de informações e dados sobre o tema, ampliação da articulação em áreas como educação, arte, cultura e ciência, valorização das manifestações contemporâneas brasileiras ligadas à herança africana e identificação de parcerias para projetos em arquivologia e museologia.

A 37ª Cúpula da União Africana começa neste fim de semana e terá a participação do presidente Lula (PT). Integram a comitiva os ministros Silvio Almeida (Direitos Humanos), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial), Vinicius de Carvalho (CGU) e Mauro Vieira (Relações Exteriores).

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