O Ministério das Mulheres fechou uma parceria com a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e vai investir quase R$ 200 mil para analisar as políticas para o enfrentamento à violência política de gênero, raça e etnia em países da América Latina e Caribe.
A ideia é identificar também os mecanismos legais que ajudam as mulheres a avançar em espaços políticos, favoreçam a paridade de gênero, reserva de cadeiras e coíbam perseguições sofridas por mulheres que ocupam cargos políticos.
A iniciativa vai levantar dados e o georreferenciamento da atuação das mulheres durante as disputas eleitorais. Também pretende fazer o perfil das eleitas nos Congressos e elaborar um relatório parcial descritivo do mapeamento desses dados com interseccionalidade de gênero, raça e etnia.
A partir daí, a intenção é produzir um guia orientador para que as mulheres latino-americanas e caribenhas saibam como agir em relação a essas questões e também produzir políticas públicas que permitam ampliar a atuação das parlamentares nestes países.
"Na arena política, as mulheres enfrentam a violência simplesmente por serem mulheres. A misoginia se expressa através da perseguição, discurso de ódio, ameaças de morte e feminicídios", diz a ministra Cida Gonçalves (Mulheres). "Queremos, com esta pesquisa, identificar esses mecanismos para poder construir políticas efetivas de prevenção e enfrentamento."
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