O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, diz ao Painel que a Corte Internacional de Justiça admitiu a pertinência de julgar os ataques de Israel a Gaza com base na convenção do genocídio, o que responde às críticas feitas pelo professor Celso Lafer, um de seus antecessores na chancelaria.
Lafer divulgou uma carta aberta a Vieira em 14 de janeiro criticando o apoio do Brasil à ação proposta pela África do Sul.
O argumento do ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso é que, apesar de haver uma crise humanitária, não está caracterizado o intuito de eliminar os palestinos, o que configuraria genocídio.
Vieira enviou resposta a Lafer no último final de semana, como mostrou o Painel.
"As críticas do professor Lafer à posição do Brasil já foram respondidas pela própria Corte Internacional de Justiça, que definiu sua competência e admitiu a pertinência de julgar o caso com base na convenção de genocídio, além de determinar uma série de medidas cautelares dirigidas a Israel para que tome, com urgência, uma série de providências para que esse cenário seja evitado", disse o ministro em resposta a consulta da coluna.
Ele disse que não pretende dar publicidade à sua resposta. "Não costumo divulgar o conteúdo das minhas correspondências, isso depende da concordância do destinatário". Afirmou ainda que considera o assunto superado.
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