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Descrição de chapéu Governo Lula

Fala de Lula sobre CLT incentiva pseudoempreendedorismo precário, diz central

Para Antonio Neto, presidente da CSB, generalizar que trabalhadores não querem emprego formal reproduz falsa dicotomia de direitos versus trabalho

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Brasília

As declarações do presidente Lula (PT) de que os trabalhadores não querem mais ficar presos à CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) reverberam o discurso que incentiva um pseudoempreendedorismo sem direitos, precário e indigno, afirma o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, Antonio Neto.

Presidente Lula (PT) em cerimônia de divulgação dos resultados do novo PAC Seleções
Presidente Lula (PT) em cerimônia de divulgação dos resultados do novo PAC Seleções - Gabriela Biló /Folhapress

As falas ocorreram durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (7). Na ocasião, ele disse que "os trabalhadores gostariam de ter a oportunidade de ter uma forma de trabalho que lhe desse garantia sem precisar estar na CLT".

Em nota, Antonio Neto diz que a CSB recebeu com perplexidade a fala de Lula e afirma que, ainda que seja uma sinalização para o mercado financeiro e setores conservadores, é uma indicação muito negativa para o movimento sindical.

"Esperamos que o presidente não esqueça que enquanto o mercado financeiro e os setores conservadores abraçavam o governo antidemocrático e genocida, o movimento sindical e os trabalhadores garantiram a sua vitória nas ruas do Brasil", indica o texto.

Para a central, generalizar a ideia de que os trabalhadores não querem o trabalho formal com carteira assinada "é reproduzir o discurso perpetuado nos últimos anos que tão mal fez à classe trabalhadora: a falsa dicotomia de direitos vs. emprego".

A nota afirma que se parcela dos trabalhadores se sente prejudicada pela CLT é pela "omissão do Congresso e do governo", pela falta de atualização da tabela de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) e pela não revogação da reforma trabalhista, além da manutenção de uma jornada de trabalho de 44 horas.

"Ao reproduzir essa fala, mesmo que seja no caso dos trabalhadores em aplicativos, o presidente vocaciona o discurso que incentiva um pseudoempreendedorismo sem direitos, precário e indigno."

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