O Grupo de Puebla, entidade composta por dirigentes latino-americanos de esquerda, divulgou nota em que pede a "máxima participação política possível" na eleição presidencial na Venezuela marcada para 28 de julho. O foro também saúda a inscrição no pleito de candidatos de oposição ao atual regime, de Nicolás Maduro.
"Fazemos um chamado para que esta interlocução se mantenha para permitir que antes de 20 de abril [data da divulgação dos candidatos] o Conselho Nacional Eleitoral efetue a validação dos nomes postulados como alternativas entre os quais os cidadãos poderão escolher quem melhor convenha para a governar a Venezuela", afirma.
O grupo tem entre seus membros brasileiros o próprio presidente Lula, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, do assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ex-presidente Dilma Rousseff.
Apesar da cobrança por uma eleição inclusiva, o Grupo de Puebla também rechaça sanções unilaterais, "que prejudicaram gravemente as condições de vida de milhões de venezuelanos, causando massivos fluxos migratórios que, com razão, preocupam países vizinhos, EUA e Europa".
Ao mesmo tempo, outro grupo importante da esquerda latino-americana, o Foro de São Paulo, que reúne partidos políticos, até o momento tem se mantido calado sobre o recrudescimento da crise venezuelana.
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