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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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União Brasil decide expulsar Chiquinho Brazão do partido

Deputado foi preso neste domingo, sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco

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Brasília

A executiva nacional da União Brasil decidiu expulsar o deputado federal Chiquinho Brazão (RJ) do partido na noite deste domingo (24). O parlamentar foi preso nesta manhã sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).

A executiva se reuniu na noite deste domingo, no formato virtual, durante cerca de uma hora. A decisão foi unânime entre os presentes. O relator do processo de expulsão foi o senador Efraim Filho (PB).

A legenda determinou a expulsão do parlamentar com cancelamento de filiação partidária.

Inicialmente, a reunião estava prevista para ocorrer na terça-feira (26), mas membros do partido resolveram antecipar o encontro. Eles afirmaram que a gravidade da situação impôs a necessidade de tratar do assunto o quanto antes.

O deputado Chiquinho Brazão no plenário da Câmara - Zeca Ribeiro - 1.dez.2021/Divulgação/Câmara dos Deputados

Secretário-geral da União Brasil, ACM Neto diz ao Painel que a expulsão é um "ato político simbólico e emblemático".

"O partido compreendeu que dada a gravidade e o absurdo do envolvimento do deputado, nós não poderíamos sequer aguardar o dia de amanhã. Foi feita essa reunião agora à noite para que a resposta fosse contundente de expulsão do parlamentar", diz ACM Neto.

Ele afirma também que Brazão já "não tinha vínculo" com a União Brasil "há muito tempo". O deputado já havia solicitado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no ano passado para se desfiliar da legenda.

ACM Neto diz que irá enviar ainda neste domingo um ofício ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), informando da decisão.

Em nota, o partido diz que a decisão da executiva nacional aponta que o deputado incide em "ao menos três condutas ilícitas" previstas em artigo do estatuto da legenda.

São elas: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, ao regime democrático e aos interesses partidários; falta de exação no cumprimento dos deveres atinentes às funções públicas e partidárias; e violência política contra a mulher.

"O União Brasil repudia de maneira enfática quaisquer crimes, em especial os que atentam contra o Estado Democrático de Direito e os que envolvem a violência contra a mulher. A direção do partido manifesta profunda solidariedade às famílias de Marielle e Anderson", diz a nota.

Efraim Filho afirma que a reunião foi "serena", uma vez que havia uma percepção entre todos da gravidade do fato e da urgência da tomada de decisão.

"Foi decidido pela expulsão e desfiliação do deputado com imediata comunicação à Câmara para que a partir de amanhã ele já seja um deputado que não integra a bancada da União Brasil", diz.

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