A Câmara Municipal de São Paulo, tida a princípio como obstáculo duro, não deverá travar a privatização da Sabesp, principal projeto do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).
As conversas da gestão estadual com as lideranças da Casa evoluíram e já há a percepção de que o projeto será votado e, provavelmente, aprovado nos próximos meses.
Tarcísio e os secretários Gilberto Kassab (Governo) e Natália Resende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística) fizeram diversas reuniões nos últimos meses com vereadores para tratar do tema.
Um dos mais procurados foi Milton Leite (União Brasil), presidente da Câmara, que vinha sendo um dos principais críticos da venda da estatal.
Nesta segunda-feira (3), Tarcísio receberá os vereadores e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) para uma reunião sobre o tema e um almoço no Palácio dos Bandeirantes.
Há temas ainda pendentes a serem tratados na Câmara, como a definição do valor que o estado pretende arrecadar com a venda das ações da empresa e quanto dele ficará com a capital, mas a percepção dos envolvidos hoje é a de que há entendimento político e que as indefinições serão resolvidas no decorrer da tramitação do projeto.
O texto a ser votado vai incorporar projetos para despoluição das represas e para construção de habitação para moradores de áreas de mananciais.
Sugestões de vereadores também serão absorvidas nesse texto, a ser apreciado no Legislativo paulistano. Com a concretização dessas iniciativas, os vereadores poderão dizer em seus redutos que votaram favoravelmente à privatização e, com isso, conseguiram melhorias para as regiões.
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