Empresários do setor de transporte de São Paulo que foram alvo de operação do Ministério Público nesta terça-feira (9) fizeram doações no valor conjunto de R$ 145 mil para o antigo DEM, em 2020.
O partido é atualmente o União Brasil, comandado pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, aliado do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
A ação investiga possível elo das empresas com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
As contribuições, segundo registrado junto à Justiça Eleitoral, foram feitas por quatro alvos da investigação: Robson Flares Lopes Pontes (R$ 15 mil), que foi preso; Edimar Martins Silva (R$ 60 mil), que teve os bens bloqueados, além de Jeová Santos da Silva (R$ 20 mil) e Moises Gomes Pinto (R$ 50 mil), que sofreram busca e apreensão, Todos são dirigentes de empresas ou cooperativas de transporte na capital.
Em nota, Leite afirmou que todas as doações de campanha ao partido foram feitas legalmente e declaradas à Justiça Eleitoral, que julgou regulares as contas.
"Portanto, não há nenhuma irregularidade. Sócios da mesma empresa doaram a outros candidatos e partidos políticos, como o PT, conforme a própria Folha já publicou", afirmou.
Como mostrou o Painel, o atual deputado estadual Antonio Donato (PT) recebeu doação eleitoral de R$ 75 mil de Luiz Carlos Pacheco, outro empresário preso.
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