O projeto de lei que proíbe a delação premiada de presos, resgatado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou o PT em um dilema –e não apenas por causa da possibilidade de anular os depoimentos de Mauro Cid que incriminam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Outro caso que poderia ser afetado é a delação do ex-policial Ronnie Lessa, que fez revelações sobre os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018.

Há dúvidas jurídicas, no entanto, se uma eventual mudança na lei valeria apenas para delações futuras, ou também para as já firmadas, como as de Cid e Lessa. A questão provavelmente seria judicializada.

O projeto, originalmente, foi apresentado pelo ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ) no contexto da Lava Jato, em que delações atingiram o PT.