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Candidato do PL em Manaus diz que serviço militar é 'responsabilidade masculina' e depois recua

Capitão Alberto Neto afirmou ver risco de alistamento de mulheres promover agenda feminista nas Forças Armadas'

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Brasília

Candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Prefeitura de Manaus, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) afirmou, em requerimento ao ministro José Múcio Monteiro (Defesa), que o alistamento militar deveria "permanecer como uma responsabilidade masculina".

A declaração está em requerimento de informação protocolado em 4 de setembro, no qual ele questiona a aprovação do serviço militar feminino voluntário e as "possíveis implicações dessa mudança na estrutura social e militar do país."

Nesta terça-feira (10), Alberto Neto pediu a retirada de tramitação e o arquivamento do requerimento de informações.

Em nota, ele mudou o tom inicial e afirmou que o alistamento militar feminino é uma "uma medida positiva que pode proporcionar o aumento do número de mulheres das Forças Armadas."

Bolsonaro em propaganda eleitoral do candidato à prefeitura de Manaus, Capitão Alberto Neto (PL)
Bolsonaro em propaganda eleitoral do candidato à prefeitura de Manaus, Capitão Alberto Neto (PL) - YouTube/multimidiadigital

Segundo a nota, o primeiro requerimento falava em lei aprovada, mas isso não aconteceu, pois foi editado um decreto ministerial.

Alberto Neto afirma ainda que, por erro da equipe do gabinete, "o requerimento não continha o texto efetivamente aprovado pelo deputado, que deseja entender se os quartéis estão adaptados à nova realidade e se as mulheres alistadas contarão com as instalações adequadas". Por isso, diz, o requerimento foi retirado para ser substituído.

No requerimento original destinado a Múcio, o candidato do PL questionava "qual o verdadeiro propósito" da regra, se havia análise das consequências a longo prazo e perguntava ao ministro se o serviço militar feminino, caso se tornasse obrigatório, poderia gerar desafios e problemas.

Alberto Neto dizia que as mulheres "são a espinha dorsal de nossas famílias, educam nossos filhos", mas que também contribuem para o desenvolvimento do país.

Ele defendia que o serviço militar no Brasil sempre foi responsabilidade dos homens e que, ao permitir o alistamento feminino, "estamos alterando a essência desse simbolismo."

Sugeria também que a mudança pode fazer parte de uma "agenda progressista que busca, muitas vezes, desmantelar instituições tradicionais e impor uma ideologia que desconsidera as diferenças naturais entre homens e mulheres."

"A mulher, por sua natureza, desempenha um papel único na família, sendo a principal responsável pelo cuidado e pela educação dos filhos", escreveu.

"O serviço militar deve permanecer como uma responsabilidade masculina, respeitando o papel natural de cada gênero na construção e na defesa da pátria."

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