Especialistas veem potencial para que a semana do Brasil, data criada pelo governo para tentar aquecer a economia com promoções em setembro, se torne grande, mas não neste ano.
Felipe Mendes, presidente da GFK, diz acreditar que, como houve pouco tempo para as empresas planejarem compras para o período e negociarem melhores preços, é provável que trabalhem mais com queima de estoque do que com boas ofertas de itens novos.
Para a Black Friday, a preparação costuma começar no início do segundo semestre, mesmo a data caindo apenas em novembro.
Por outro lado, ele diz que o evento, caso tenha continuidade, pode chegar no auge em 2022, quando se completarão 200 anos da independência do Brasil e a economia deverá estar melhor.
Patricia Cotti, diretora-executiva do Ibevar, diz considerar que a data trará algum aumento de consumo, mas, tal como aconteceu com a Black Friday, precisará de tempo até conquistar a confiança dos consumidores. "Como o cliente não conhece o evento, pode ficar na dúvida se o desconto será real ou já ter feito suas compras antes dele".
Maurício Salvador, presidente da Abcomm (associação de comércio eletrônico) diz que a carga política que o consumidor atribuir ao evento nos próximos dias deve influenciar seu sucesso. "O que sentimos é que nossos associados estão esperando para ver. Vários vão subir ofertas, mas não tão agressivas quanto na Black Friday."
Para ele, a ideia de uma promoção em setembro é positiva, pois o mês não tem datas para acelerar o consumo e tende a ser mais fraco para o comércio. Por outro lado, ele diz que o prazo longo do evento, que vai do dia 6 ao 15, pode não ajudar. "Quanto mais você alarga o período de ofertas, mais o consumidor deixa para depois e pode acabar deixando de comprar".
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