Os shoppings levaram aos governos de estados e prefeituras uma sugestão para fazer rodízio das restrições ao funcionamento na pandemia com outros setores não-essenciais. Mas o varejo de material de construção não gostou da ideia.
A sugestão da Abrasce, associação de grandes shoppings, foi a de incluir as lojas de construção em um revezamento de fechamento do comércio caso o país tenha nova onda agressiva de Covid-19.
A associação das lojas de material de construção Anamaco, porém, diz que seus produtos devem permanecer no grupo de farmácias e supermercados, considerados essenciais, porque atendem a imprevistos do consumidor, como cano estourado e chuveiro queimado, além de prestarem serviços a hospitais e clínicas.
O setor foi considerado essencial em maio do ano passado por decreto federal assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.
"Há uma grande confusão nisso, quando se propõe: 'olha, vocês ficaram funcionando, agora vocês podem ficar parados'. Não entra na nossa cabeça esse tipo de proposta", diz o superintendente da Anamaco, Waldir Abreu.
Para ele, um eventual rodízio não resolveria o problema dos shoppings e ainda prejudicaria outros setores. “Ninguém vai à loja de construção para passear. Só vai por necessidade", diz Abreu.
O superintendente da Anamaco diz que conversou na semana passada com o presidente da Abrasce, Glauco Humai, e disse que discorda da proposta.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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