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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Apoio empresarial não deve se limitar ao mês do Orgulho LGBTQIA+, diz especialista

Manifestações sem consistência podem ser vistas como pinkwashing

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São Paulo

O filho do dono de uma tradicional companhia paulista, que é gay, se surpreendeu nesta segunda-feira (28) ao abrir as redes sociais e encontrar uma postagem publicada pela empresa do pai em apoio ao Dia do Orgulho LGBTQIA+.

Como o assunto sempre foi evitado em família, o filho se questionou se o pai estaria se abrindo para falar do tema ou se a publicação foi só uma jogada de pink marketing.

Segundo o especialista Ricardo Sales, da consultoria Mais Diversidade, pinkwashing é o movimento de apropriação dos temas da comunidade LGBTQIA+ para a venda de produtos e serviços por empresas que não têm histórico de apoio à causa ou proximidade com esse público.

"O pinkwashing é perigoso porque pode trazer consequências negativas em termos de imagem e reputação dos negócios", afirma Sales. Hoje, a prática enfrenta dificuldade nas empresas porque há mais exposição nas rede sociais.

O especialista diz que mercado e consumidores precisam estar atentos à coerência e à consistência das ações das companhias.

"É necessário que a organização tenha uma comunicação coerente com seus valores e práticas internas. A consistência é no sentido de não abordar esses temas apenas no mês de junho, por exemplo", afirma Sales.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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