Grandes bancos deram um passo atrás na retomada do trabalho presencial e estão reavaliando o retorno dos funcionários aos escritórios diante do avanço da ômicron e da gripe no país.
Antes da virada do ano, o BTG Pactual decidiu reduzir para 10% a ocupação em todos os seus escritórios no Brasil e no exterior. O restante da equipe segue em home office. Antes, a ocupação ficava abaixo de 50%, segundo a empresa.
O banco, que tem cerca de 4.000 funcionários no Brasil, afirma que tem feito dois testes por semana e solicita comprovante de vacinação aos que estão trabalhando presencialmente.
Com o pico de infecções no início do ano, o Itaú também voltou a orientar que os funcionários priorizem o home office. Em setembro, o banco havia iniciado um projeto-piloto para retomar gradualmente o retorno aos escritórios administrativos em modelos híbrido com escala, híbrido flexível ou presencial.
O Bradesco decidiu manter o ritmo com volta gradativa. Segundo a empresa, neste momento, 60% do quadro de funcionários das áreas administrativas estão trabalhando nos escritórios de forma alternada —30% em cada semana.
Procurado pela coluna, o Santander não comenta. No início da pandemia, em 2020, o então presidente Sérgio Rial manifestou ceticismo sobre a prática.
Em uma apresentação aos funcionários, falou em deserção ao se referir a quem quis trocar o trabalho presencial no banco pelo home office, naquele momento em que as mortes pelo coronavírus começavam a crescer no Brasil.
Depois, sugeriu uma abdicação voluntária de benefícios ou parte do salário por funcionários que optassem pelo trabalho remoto, uma vez que gastariam menos tempo e dinheiro para ir até a empresa.
com Andressa Motter e Ana Paula Branco
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