Ainda sem definição sobre qual papel Simone Tebet pode vir a ter no governo Lula, empresários que apoiaram a candidatura da senadora na eleição avaliam que ela deveria ser contemplada com uma posição de peso.
"Buscávamos um melhor caminho, com a Simone. Não deu certo. Se vier a participar do governo eleito, tem que ser com espaço para influenciar e agir. Senão, melhor ficar fora", diz Fabio Barbosa, CEO da Natura&Co.
Para Antonio Carlos Pipponzi, presidente do conselho da RaiaDrogasil, que em junho assinou o manifesto "A melhor via para o Brasil", em apoio à candidatura da emedebista, a presença dela no governo é importante para preservar o espaço conquistado.
"Simone apresentou-se muito bem nesta eleição. Ter um cargo de importância no governo Lula seria fundamental para ela se manter em evidência e ser uma candidata em potencial para as próximas eleições", disse o empresário.
Horácio Lafer Piva, acionista da Klabin e ex-presidente da Fiesp, avalia que Tebet deve participar se, de fato, puder atuar. "Tudo o que alguém como ela não precisa é patrulhamento de uma área mais radical, insegura e sedenta de poder absolutista do PT", afirma.
"Quero acreditar que Lula, sagaz e pelas razões certas, lhe dará esta legitimação. Sem garantias, não há o que fazer, Simone não precisa mais de honrarias vãs. Já é um nome nacional", diz Piva.
Ainda não há definição sobre qual papel Tebet terá no quadro ministerial do petista, nem se ela vai aceitar suas opções. Nos últimos dias falou-se em Planejamento. Cidades e Turismo também podem ser o destino.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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