Mais de uma semana depois da assembleia que tentou derrubar Josué Gomes da presidência da Fiesp, ainda não está claro quem é a liderança da oposição nem quem são os 47 sindicatos da base da entidade que teriam votado pela destituição do empresário na segunda-feira (16). Tampouco se sabe quais são exatamente os sindicatos que o apoiam.

Não há previsão para a divulgação da ata.

Na sexta-feira (20), depois que foi enviado um email pelo endereço eletrônico da Fiesp informando que um interino assumira em seu lugar, Josué divulgou por meio da assessoria de imprensa da Fiesp, uma notificação extrajudicial com nomes de pessoas que estariam entre seus opositores. São eles: Paulo Henrique Schoueri (presidente do Sietex), André Sturm (sindicado da indústria audiovisual), os diretores Carlos Cavalcanti, Ronaldo Koloszuk Rodrigues, Elias Miguel Haddad, José Valdissera (Sindinstalação) e Luciana Freire, diretora jurídica da Fiesp.

Ao Painel S.A., Valdissera, Sturm e Cavalcanti dizem não ter sido notificados. Os outros não responderam. A assessoria da Fiesp não informa se chegou a notificá-los ou se apenas divulgou para a imprensa.

O Painel S.A. ouviu outros sindicatos sobre o assunto. Sete se manifestam publicamente a favor de Josué: Sindusfarma (que reúne a indústria farmacêutica), Sindiplast (plásticos), Sindibrinquedos (indústria de brinquedos), o Sindipeças (componentes para veículos automotores), Sindimaq (indústria de máquinas), Sinaees (indústria de aparelhos elétricos eletrônicos e similares) e o Snic (indústria do cimento)

A coluna também entrou em contato com Sinduscon (construção civil), Sinacouro (indústria de artefatos de couro), Sindileite (laticínios e derivados), Sinafer (artefatos de ferro), Sicongel (indústria de adubos), Siaesp (indústria audiovisual), Sinfavea (veículos), Sinaesp (sindicato da indústria de abrasivos) e Siamfesp (artefatos de metais não ferrosos), que não se posicionaram.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix