O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), João Galassi, quer que, nas compras feitas com cartão de crédito à vista, as redes varejistas também recebam à vista.
Hoje, o dinheiro da compra só bate no caixa do mercado depois de um mês, a menos que o lojista faça uma antecipação junto a maquininhas ou bancos, pagando uma taxa que chega a 15% de desconto.
Galassi disse ao Painel S.A. que pretende sentar à mesa de negociação comandada pelo Banco Central e pela Febraban (Federação dos Bancos) que hoje discute o fim do rotativo e o parcelamento com juros.
Para ele, é uma falácia discutir juros no parcelado.
"O juro já está embutido no preço dos produtos quando o consumidor compra parcelado sem juros", disse. "Se não houvesse, o consumidor teria desconto ao pagar à vista, e não tem."
Se conseguir levar adiante sua proposta, Galassi afirma que as redes de supermercados conseguirão operar com preços mais baixos, descontos e promoções.
"Ninguém está olhando o consumidor nessa discussão", disse. "Da forma como ela está sendo conduzida, vai levar a repasse de preços às mercadorias."
Galassi avalia que, o fim do rotativo e a criação do parcelado com juros vai tornar a antecipação das compras feitas nos mercados mais caras, tanto em bancos quanto por empresas de maquininhas.
Com Diego Felix
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