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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Folhajus Twitter

Justiça ameaça com prisão se houver novo tuíte em briga de gestores de fundos de investimento

Dono da Esh Capital fez postagens que geraram perdas para concorrente; no passado, Nelson Tanure foi alvo

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Brasília e São Paulo

Ex-jogador de rúgbi, Vladimir Timerman, dono da Esh Capital, tomou uma invertida da Justiça em sua jogada contra Daniel Alberini, da CTM Investimentos.

O Tribunal de Justiça de São Paulo impôs medidas cautelares como alerta para que Timerman não seja preso.

Entrada da B3, a Bolsa de Valores brasileira, em São Paulo
Entrada da B3, a Bolsa de Valores brasileira, em São Paulo - Rahel Patrasso - 22.ago.2017/Xinhua

Na decisão, a que o Painel S.A. teve acesso, a Justiça o proibiu de manter qualquer tipo de contato com Alberini ou a CTM, inclusive via mídias sociais.

Ele também foi obrigado a excluir todas as postagens realizadas no Twitter envolvendo Alberini e sua corretora, particularmente a que faz referência a um artigo publicado por ele, em julho, em um site especializado.

No texto, Timerman acusa a CTM de manipulação por meio de posições de seus fundos em papéis da varejista Mobly. A gestora é uma das principais acionistas da companhia.

Em virtude do artigo, as ações da Mobly sofreram queda de mais de 24% (hoje são cotadas a R$ 3,6). Em contrapartida, Timerman teria lucrado com a desvalorização da Mobly.

Os ataques levaram Alberini a ingressar na Justiça contra Timerman pela prática dos crimes de difamação e injúria. Também houve pedido para uma investigação de crime de perseguição.

Em caso de descumprimento, Timerman pode ser preso, diz a sentença.

Esta é a segunda vez que a Justiça impõe medidas cautelares contra ele. No ano passado, suas mídias sociais ficaram suspensas por quatro meses devido a ataques contra o empresário Nelson Tanure, sócio da Light, Gafisa, Oi, PetroRio, entre outras empresas.

Tanure pediu providências à Justiça por ser alvo de calúnia e difamação praticadas por Timerman. A disputa envolveu o controle da Alliar, uma empresa de exames médicos.

O gestor acusava o empresário de cooptar acionistas minoritários para assumir o comando da empresa, o que Tanure nega. Por isso, processou Timerman.

Nessa disputa, a Justiça também abriu investigação pelo possível crime de perseguição contra Tanure.

Procurados, os advogados Pierpaolo Cruz Bottini e Pablo Naves Testoni, que representam Alberini, não quiseram se manifestar.

Até o momento, Timerman não respondeu aos questionamentos da coluna.

Com Diego Felix

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