A votação do novo marco tributário nem foi concluída pelo Congresso, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já sinalizou a empresários em São Paulo, nesta terça (7), que pretende avançar com a reforma administrativa.
A declaração foi dada durante evento do Esfera Brasil, em São Paulo. No encontro, Lira defendeu mais engajamento [na reforma administrativa] "para sinalizar contenção de crescimento de gastos".
Lira afirmou que essa reforma "não atacará direitos adquiridos".
"Temos os mais ávidos por mudanças mais duras, mas ela não mexe em direito adquirido, não mexe na Previdência dos atuais. Há 20 anos, se isso tivesse sido feito lá atrás, hoje a gente estava com isso resolvido", disse.
Para ele, se não houver sinalização de contenção de despesa, não será possível avançar na pauta de aumento da arrecadação.
"O brasileiro médio, o produtor, não aguenta mais pagar impostos —ressalvadas algumas exceções que a gente está discutindo de maneira muito transparente", disse.
A avaliação do presidente da Câmara foi feita enquanto comentava a medida provisória 1185 (de redução de tributos federais a partir de subvenções estaduais), que tramita na Câmara.
Ele disse que, até quarta (8), o colégio de líderes da Câmara vai se reunir e convidar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da MP.
Existem distorções", disse.
Com Diego Felix e Paulo Ricardo Martins
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