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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Caixa Econômica Federal

Consórcio liderado por chineses vence disputa para raspadinha da Caixa

Lançamento atrasou devido a contestação de um dos concorrentes na Justiça; arrecadação começa em R$ 1 bilhão

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Brasília

O consórcio formado pela chinesa Genlot Game Technology e a BZP (Beinjing Zhongcai Printing), joint-venture entre China Welfare Lottery, France Des Jeux e Berjaya, venceu a licitação da Caixa Econômica Federal para a retomada da raspadinha, como é conhecida a Lotex.

O resultado, publicado nesta semana no Diário Oficial da União, encerra um litígio judicial promovido por um dos concorrentes, que levantou suspeitas de irregularidades no processo.

Fachada de lotérica na zona leste de São Paulo
Fachada de lotérica na zona leste de São Paulo - Rivaldo Gomes/Folhapress

Com a ação, que tramitou em segredo de Justiça, houve um atraso e, agora, a loteria será lançada no próximo trimestre. A previsão inicial de arrecadação varia entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, mas, segundo executivos envolvidos, o potencial é muito maior.

A Lotex segue as regras de uma portaria do Ministério da Fazenda, editada no fim do ano passado, que delegou à Caixa, em caráter transitório, o direito de exploração da Lotex nos mesmos moldes da Loteria Federal.

Parte da arrecadação é destinada para o custeio da seguridade social, da segurança pública, o incentivo ao esporte e à cultura.

A estimativa é de que cerca de 65% da arrecadação seja destinada a prêmios. A aposta mínima deve ser de R$ 2,50.

A Lotex tinha sido incluída no governo Jair Bolsonaro na lista de privatizações, mas o presidente Lula decidiu mantê-la sob gestão pública.

Processo

A ação contra Caixa foi movida pelo segundo colocado na concorrência, que foi à Justiça afirmando ter havido irregularidades no processo.

Na petição, a empresa levantou a suspeita de que a Caixa já teria escolhido o consórcio Genlot em maio, em meio ao processo, e que o termo de concorrência previa descontos na arrecadação do custo de operação do banco, algo que, na prática, desvirtuaria as regras da portaria da Fazenda.

A Justiça deu ganho de causa à Caixa e, ao mesmo tempo, o caso foi parar no TCU (Tribunal de Contas da União), que não viu irregularidades.

Contudo, esse período de discussão gerou um atraso de quase três meses no processo.

A viagem que tinha sido programada pelos executivos da Caixa para a China em maio teve de ser adiada.

Com Diego Felix

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