Bancos e fundos de investimento interessados em salvar o Corinthians da falência avaliam que a situação do time só se resolve por meio de uma abertura de capital (IPO).
A dívida do clube já se aproxima de R$ 2 bilhões e a gestão do time sofre com perda de craques e reveses em jogos com times para os quais o "Timão" antes não perdia.
A atual gestão resiste em transformar o clube em uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol), sugestão de instituições financeiras procuradas para refinanciar a dívida.
Corintiano, o CEO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, é um dos que defendem a abertura de capital.
Para ele, seria preciso aproximar o clube de um banco, possivelmente o BTG, a quem a Empiricus é ligada. Essa instituição daria consultoria para uma ampla transformação operacional e financeira. Em resumo: criar uma SAF e abrir o capital.
"O movimento poderia profissionalizar todo o mercado de futebol no Brasil, ao espelho do que aconteceu com grandes times da Europa, e levar milhões de novos CPFs para a B3", disse Miranda.
"Patrocínios pontuais não vão salvar o time de uma profunda crise financeira e, pior, de governança. Com o IPO, o time será verdadeiramente da torcida."
Recentemente, o Corinthians perdeu seu patrocínio master e, segundo a Sports Value, a receita decorrente desse tipo de negócio segue em queda livre.
"A impressão é que o Corinthians está fazendo qualquer coisa por dinheiro", disse Amir Somoggi, sócio da consultoria de marketing esportivo.
Com Diego Felix
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