Só o Estudiantes foi campeão da Libertadores começando a campanha antes da fase de grupos. Só Corinthians e Chapecoense, entre os brasileiros, foram eliminados na fase preliminar. Aquele Corinthians derrotado pelo Tolima, último jogo da carreira de Ronaldo, chegou à Colômbia com uma vitória e quatro empates nas primeiras cinco partidas da temporada 2011.
O São Paulo só ganhou três vezes em cinco jogos, antes de estrear na Libertadores, contra o Talleres, na próxima quarta (6). Não está bem.
O único bom momento de André Jardine foi a vitória contra o Novorizontno, quando escalou Nenê pela direita e variou Diego Souza com Pablo pelo centro do ataque. Ao final daquela vitória, o atacante Pablo disse que as ideias de André Jardine são fantásticas.
Jardine aprendeu boa parte do que aplica no São Paulo no futsal. Técnico do Grêmio Náutico Gaúcho, foi contratado pelo Internacional porque massacrava a maior potência do Rio Grande do Sul no futebol de salão. Rapidamente, o Inter levou-o para o campo. Transferiu-se para o Grêmio, onde revelou uma geração vencedora na Libertadores. Éverton, Arthur e Luan trabalharam com Jardine na base do Grêmio. Pedro Rocha e Walace também.
Além de suas crias, o técnico são-paulino também ganhou um torneio sul-americano. A Libertadores sub-20 de 2016 foi vencida pelo São Paulo com Jardine no comando de Lucas Fernandes, David Neres e Luís Araújo.
O Morumbi preferiu vendê-los. Hoje, Jardine representa o desejo do São Paulo de jogar bem, moderno, aproveitar uma geração de Cotia entre os profissionais e voltar a ser vencedor. No domingo (3), escalou a equipe reserva, preservou os titulares para a estreia na Libertadores, colocou Helinho como titular e a revelação Antony no segundo tempo. Sofreu outra vez. Mas ganhou do São Bento por 1 a 0, gol de Hernanes.
Em seus primeiros dez jogos Jardine tem quatro vitórias, três empates e três derrotas. Não convenceu. Não há time com retrospecto tão preocupante antes da estreia na fase preliminar desde o Corinthians contra o Tolima.
Jardine espera o Talleres com três zagueiros e linha de cinco defensores quando perder a bola. Décimo segundo colocado da Superliga Argentina, o time de Córdoba tem jogado assim, mas suas duas últimas vitórias foram conquistadas com sistema diferente: 4-4-2. Contra o Banfield, triunfo por 3 a 1 na sexta (1º), o técnico Juan Pablo Vojvoda montou linha de quatro na defesa. Antes, empatou com o Independiente com três atrás, mas laterais que apoiam. Godoy pela direita, Bersano pela esquerda.
O São Paulo perdeu a vaga nas duas edições mais recentes da Copa Sul-Americana contra rivais da mesma faixa de tabela do Talleres.
Em 2017, contra o Defensa y Justicia. No ano passado, contra o Colón. Jardine acha as situações diferentes. Deixa claro que gosta de uma equipe que trate bem a bola e agrida sempre o seu rival. Para ele, o melhor modelo hoje é Liverpol x Manchester City.
“O melhor futebol de ser ver hoje em dia.” Ao mesmo tempo, afirma que entre jogar bem e ganhar, prefere ganhar. Ele sabe que se não vencer o confronto contra o Talleres, não terá chance de fazer o São Paulo jogar bem e bonito.
Vexame Anunciado
A seleção não ficou entre os três melhores do Sul-Americano sub-20 nas últimas três edições e só foi à Olimpíada por ser sede. A anterior, eliminada do Mundial, exportou 16 jogadores. Dos 23 convocados, nove nasceram em 2000 ou 2001. O Brasil se preparou com nove jogadores do exterior. Seis não foram liberados pelos clubes. Falta mais organização do que talento.
Freguesia
O Corinthians empatou o retrospecto histórico com o Palmeiras em 127 vitórias, de acordo com a conta que parece mais justa, do Almanaque do Timão, de Celso Unzelte. Obra de Carille, dono de 7 vitórias em 8 clássicos como treinador. Das quatro vitórias no Allianz Parque, três foram por 1 a 0 com gol antes dos dez minutos. O Palmeiras procura o antídoto.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.