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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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O retorno dos gênios

Cristiano Ronaldo voltou com pênalti perdido, Messi fez gol e deu passes decisivos

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Cristiano Ronaldo pediu um goleiro, no dia da liberação dos treinos na Ilha da Madeira, onde nasceu. O Nacional, seu clube da infância, chamou o adolescente Felipe Gonçalves. Aniversariante do dia, o jovem arqueiro contou a alegria de trabalhar com o ídolo, que propôs uma aposta: ganharia um euro quem chutasse a primeira bola na trave.

O craque consagrado ganhou o euro simbólico. No dia de sua volta aos jogos, Cristiano Ronaldo foi também o primeiro jogador da Itália a chutar na trave. O pênalti mal cobrado desviou do goleiro Donnarumma, do Milan, mas a bola tocou o poste direito. O empate em 0 a 0 produziu críticas a Cristiano.

Ele começou como centroavante. O técnico Maurizio Sarri parecia protegê-lo do combate mais árduo. Aos poucos, ocupou o lado esquerdo, seu preferido. Mas o nível técnico seguiu baixo, certamente resultado dos 95 dias inativos.

Messi ficou um dia a mais sem jogar. De 7 de março até o sábado, 13 de junho. O adversário do Barcelona era o Mallorca, 18º colocado na Espanha, bem mais fraco do que o Milan, sétimo na Itália.

Pela fragilidade do rival, ou simplesmente por ser Messi, o camisa 10 do Barça fez um gol e deu dois passes decisivos.

O Barcelona manteve a liderança da liga e Messi chegou a 628 gols pelo clube. Pelas contas dos espanhóis, ele está agora a 15 de alcançar Pelé e se tornar o recordista de gols por um só time.

Importante frisar que Pelé tem 643 em partidas oficiais, mas fez 1.091 pelo Santos, incluindo amistosos, até mesmo contra Juventus e Barcelona, times atuais de Cristiano e Messi. As contas não devem menosprezar o que foi importante em outras épocas.

Messi volta a campo nesta terça (16) contra o Legañés. Cristiano fará a final da Copa Itália na quarta (17), em Roma, contra o Napoli. Os dois são favoritos e podem se encontrar em Lisboa, palco provável das superfinais da Champions, em agosto.

Messi comemora após marcar na goleada sobre o Mallorca por 4 a 0 - Jaime Reina - 13.jun.2020/AFP

Saúde x Política

O clássico dos últimos meses, saúde x política, chega a uma semana decisiva. Há noventa dias dizemos que é preciso esperar pelas autoridades sanitárias. Quando elas dizem que é possível treinar e jogar, não se acredita nelas. Símbolo da crise de liderança deste país.

Na semana passada, parecia claro que o prefeito Bruno Covas liberaria treinos individuais, ao ar livre, nos centros de treinamento dos clubes. Não respondeu até agora se pode ou se não pode, demonstração do justo medo de permitir e ter de voltar atrás.

Mas o silêncio veio entremeado de informações de que a não liberação seria um pedido do governador. O que leva a outro clássico da falta de liderança: Dória x Bolsonaro.

Em primeiro lugar, deve estar a saúde. Mas é no mínimo curioso que se abram shoppings e o comércio de rua e não se permita treinar individualmente, ao ar livre.

Doze clubes da Série A-1 têm liberação das prefeituras. Faltam só Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Botafogo-SP.

Aparentemente, a prefeitura se manifestará durante esta semana, para que os testes e posteriormente os treinos dos paulistas voltem a acontecer até segunda (22), no máximo.

Ainda será necessário convencer todos a terem bom senso, em meio às necessárias mudanças de regulamento, para inscrever atletas que possam substituir os já negociados. O Mirassol vendeu três jogadores para a Ponte Preta, sua rival na última rodada. A Ponte terá de vencer para escapar do rebaixamento.

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