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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Descrição de chapéu Copa do Brasil

A fórmula corintiana para a final da Copa do Brasil contra o Flamengo

Corinthians tem chance de ser campeão porque sabe que o Flamengo é melhor

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O Flamengo teve dificuldade para vencer o Internacional e empatou por 0 x 0 num jogo em que Mano Menezes congestionou a marcação no meio, tirou o corredor de Rodinei e obrigou o rubro-negro a jogar pela esquerda. Não é confortável para a equipe de Dorival Júnior.

O Corinthians fará o mesmo.

Não há time na América do Sul capaz de construir tantas e tão boas jogadas pela faixa central do campo, quanto o Flamengo. São cinco, às vezes seis craques nesse setor do campo, costurando defesas rivais com passes curtos em direção ao gol.

A qualquer instante, nasce um gol de placa.

É impossível ter certeza de sucesso na estratégia defensiva, mas todo mundo já sabe o que é preciso fazer, para tentar evitar o sucesso rubro-negro.

O Athletico repetirá a estratégia do Internacional na final da Libertadores. Para o Corinthians, é um pouco mais difícil, porque a formação finalmente encontrada por Vítor Pereira gosta de ter a bola, trocar passes e dificilmente terá facilidade para fazer isso contra o rival da Copa do Brasil.

Vitor Pereira durante partida entre Corinthians e Fluminense pela Copa do Brasil
Vitor Pereira durante partida entre Corinthians e Fluminense pela Copa do Brasil - Sergio Moraes-24.ago.22/Reuters

O desenho da equipe tem um volante apenas, Du Queiroz joga como meia um pouco atrás de Renato Augusto. Para marcar a faixa central e fechar o corredor de Rodinei, Du terá de recuar e Roger Guedes precisará se desdobrar.

Fausto Vera marcará De Arrascaeta, Fábio Santos perseguirá Éverton Ribeiro, João Gomes terá a companhia de Du Queiroz, Renato Augusto encostará em Thiago Maia, Guedes precisará assustar Rodinei, ora com desarmes, ora com estocadas às suas costas.

Willian despediu-se do Parque São Jorge na derrota do Maracanã para o Flamengo, eliminação da Libertadores. Desde então, o Corinthians disputou treze partidas. Roger Guedes é o único escalado em todas. Marcou quatro gols e ofereceu um passe, passou a formar dupla afinada com Yuri Alberto, autor de nove gols e uma assistência neste período.

Dos 21 gols marcados nestes últimos treze compromissos, Roger Guedes e Yuri Alberto participaram de quinze (71%). Se o Corinthians sabe qual a fórmula para bloquear o Flamengo – e isto não garante sucesso – a recíproca é verdadeira.

O Corinthians no 4-3-3 com um volante só
O Corinthians no 4-3-3 com um volante só - Folhapress

Só que Dorival Júnior não se preocupará especificamente com a tarefa de marcar o Corinthians, porque seu time ataca sempre, em qualquer lugar. Até nas derrotas recentes, contra Fluminense e Fortaleza, o rubro-negro passou mais tempo trocando passes do que correndo atrás dos atacantes adversários.

Ao mesmo tempo em que pressiona e ameaça todo o tempo, o Flamengo cede espaços. Há buracos entre os dois zagueiros e o meio-de-campo, também nas duas laterais, que o Corinthians tentará explorar com Roger Guedes e Mosquito, ou Ádson.

Vítor Pereira demorou, mas encontrou sua formação ideal. O 4-3-3 não tem dois volantes lado a lado. Mais parece uma velha mesa de futebol de botão, com a meia direita ocupada por Du Queiroz e a esquerda por Renato Augusto.

O Flamengo pelo meio: nenhum time brilha tanto assim
O Flamengo pelo meio: nenhum time brilha tanto assim - Folhapress

Este último, o termômetro do novo Corinthians. É quem dá a temperatura do jogo, diz quando aumentar ou diminuir o ritmo.

Campeão da Copa do Brasil com a camisa 10 do Flamengo, que foi de Zico, Renato tenta agora ganhar seu bicampeonato pessoal vestindo a 8 corintiana, de Sócrates.

O Corinthians tem chance de ser campeão. Principalmente porque sabe que o Flamengo é melhor.

O DESÂNIMO

O desalento tocou Rogério Ceni depois da perda da Copa Sul-Americana e, embora o time siga valente, a torcida desanimou. Não que seja culpa exclusiva do treinador, mas é necessário olhar com afinco para o objetivo que resta: pré-Libertadores. A chuva atrapalhou.

CRIATIVIDADE

Na emergência da partida contra o Atlético-MG, todo desfalcado, o técnico Abel Ferreira escalou Mayke como ponta direita. Não é invenção, mas percepção de que o jogador tem características para atacar pelo lado direito. Executar mais de uma função é básico para Abel Ferreira.

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