Nesta segunda-feira (31), a primeira-dama Michelle Bolsonaro postou uma foto no stories do Instagram ao lado do amigo, o maquiador Agustin Fernandez, e da pastora Ezenete Rodrigues, quando também declarou que ela e o presidente seguem "firmes, unidos, crendo em Deus e crendo no melhor para o Brasil".

Companhia constante de Michelle, seja durante os funerais da rainha Elizabeth 2ª em Londres seja na ceia de Natal da família Bolsonaro, Agustin fez selfie com uma primeira-dama sorridente na manhã do dia seguinte ao resultado das eleições.

A imagem é enviada pelo WhatsApp como prova de que ela está bem, diante de informações de que o casal presidencial havia deixado de se seguir nas redes sociais e de desavenças com um dos filhos dele, Carlos Bolsonaro.

"É difícil de acreditar que as pessoas falam essas coisas. É mentira, não existe nada disso", diz o maquiador que se define como "gay, evangélico e bolsonarista". Segundo ele, Michelle e o marido não se seguiam no Instagram mesmo antes das eleições.

Agustin também fala sobre o relacionamento dos dois não ter sofrido abalo. "Eles são um casal que se respeita muito e bem alinhado."

Enquanto Bolsonaro deixou o Alvorada às 9h30 rumo ao Palácio do Planalto, a primeira-dama contou com a companhia da profeta Ezenete, parceira da primeira-dama em boa parte da peregrinação por igrejas e eventos evangélicos Brasil afora durante a campanha do segundo turno.

De Brasília, a pastora Ezenete, que é líder de interseção da Igreja Batista Lagoinha, em Belo Horizonte, fez uma live de "fortalecimento e oração" para levantar os ânimos dos fiéis que acreditaram na profecia de um Brasil governado por valores cristãos com a reeleição de Bolsonaro.

"Eu abençoo a esquerda", disse a profeta, no dia seguinte à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Nossa luta não é contra pessoas. A minha raiva e o meu ódio são contra o diabo que acha que manda nessa nação."

Ezenete foi uma das atrações da Conferência Global 22 Renascimento, em Brasília, evento profético em que bispos e pastores famosos anunciaram a igreja governando o Brasil caso Bolsonaro fosse reeleito.

Na live em seu canal no Instagram, onde tem mais de 600 mil seguidores, a pastora declarou: "Eu não votei por causa de um homem, um partido. Deus não perde uma batalha. O inferno não pode parar o Senhor".

Ela relata ter passado os dois últimos anos servindo ao país em oração. "Nós oramos, jejuamos, fizemos de tudo, mas esquecemos de gastar tempo de oração pelos nossos irmãos que não tiveram entendimento."

No caso, decidiram por um homem que, segundo ela, fez uma coisa boa, mas saqueou a nação.

A pastora convidou os seguidores para continuar a vigília de oração, ao meio-dia e à meia-noite, até a virada do ano, quando Bolsonaro, que ainda não havia admitido a derrota nem cumprimentado o vencedor, deverá transmitir o cargo a Lula.

"Somos um exército e vamos avançar. Nós vamos vencer não a política, mas forças do mal. Ergue a cabeça, povo de Deus!"

O tom de conclamação continua com o pedido para que repitam com ela e espalhem nas mídias sociais: "Sou herdeira de Cristo. Por amor do Brasil, não me calarei".

Ao final dos 53 minutos de transmissão, ela pede que envie a gravação da live disponível no perfil para todas as igrejas. "Para o povo que está abatido. Somos a igreja perseguida, mas vamos virar o ano com um grande exército e arrebentar a porta do inferno."