No meio de semana, dois clássicos clichês do futebol foram bastante falados antes dos jogos: "finais antecipadas" e "jogo de seis pontos". Os seis primeiros continuam candidatos ao título, embora tenham mudado de posição na tabela.
Inter e Flamengo, que venceram, e o Atlético, que empatou, atuaram melhor que os adversários. A bola foi bem e mal tratada nas três partidas.
Deveríamos ser capazes de ver um jogo e prestar atenção apenas na beleza, sem procurar entender os detalhes estratégicos. Algumas obras de arte são tão fascinantes que dispensam a compreensão.
O Flamengo voltou a jogar bem, a ter um time compacto, a marcar muito e a trocar muitos passes. Os dois volantes, Gerson e Diego, eram, até recentemente, meias ofensivos, e o zagueiro Arão era um volante.
Enquanto isso, o Palmeiras se limitou a passes longos para jogadores marcados. A bola ia e, rapidamente, voltava.
A história do jogo e o resultado, o empate em 1 a 1 entre Grêmio e Atlético, foram quase idênticos ao empate do Grêmio, dias antes, contra o Palmeiras. O Grêmio foi amplamente dominado nas duas partidas, especialmente contra o Palmeiras. Equilibrou a partida no meio do segundo tempo, quando empatou, após a entrada de Maicon.
Ele dominava a bola, tocava, avançava, recebia, tocava e, assim, fazia todo o time jogar, com a ótima ajuda de Jean Pyerre, que melhorou após a entrada de Maicon.
Um excelente jogador precisa de outro excelente, próximo. Se entrar mais um, Matheus Henrique, formando um trio, fica ainda melhor, desde que todos marquem e que pelo menos dois cheguem à frente.
André Rizek contou, no Seleção SporTV, que Maicon disse que, no início da carreira, jogava como meia-atacante, porque queria ficar famoso e ganhar dinheiro, mas que logo foi para o lugar certo, mais recuado, para ficar com a bola.
Nos melhores momentos do Grêmio nos últimos anos, havia um trio talentoso no meio, ainda mais com Maicon, Arthur e Luan. O ex-craque Luan voltava para ser um jogador de meio-campo, onde fazia a ponte, a ligação, entre todos os jogadores. Não será com o esforçado Thaciano ou mesmo com Lucas Silva, um bom jogador, que o Grêmio vai voltar aos melhores momentos no setor.
O centroavante chileno Vargas, do Atlético, tem jogado bem, mas feito pouquíssimos gols. Qualquer dia, acerta.
Neste domingo (24) tem Gre-Nal. O Inter, contra o São Paulo, marcou de várias formas. Pressionava na saída de bola, como fez o Bragantino, com sucesso, ou recuava para marcar e contra-atacar, com troca rápida de passes e muita velocidade. Massacrou o São Paulo.
Abel Braga, que estava sendo chamado de ultrapassado, após alguns trabalhos ruins, incluindo o início no Inter, deu uma aula sobre o futebol do futuro, que já acontece nos grandes times do mundo, ao alternar, no mesmo jogo, estratégias diferentes, de acordo com o momento. A equipe foi ofensiva e defensiva, ousada e prudente, ativa e reativa. Não foi uma coisa ou outra.
Não se deve confundir pressa com velocidade, muitas trocas de passes com lentidão, contra-ataque com defensivismo. O Inter trocou muitos passes e chegou rapidamente ao gol.
O jogo de futebol, assim como a sociedade, deveria estimular a diversidade e evitar a radicalização. Os maiores bens do ser humano são a independência e a liberdade, respeitando o direito dos outros, sem se tornar refém de preconceitos e de conceitos técnicos e táticos.
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