Nesta quarta (16), pela Copa do Brasil, o São Paulo, no Morumbi lotado, vai pressionar e ter mais a posse da bola, enquanto o Corinthians, fora de casa e com um gol de vantagem, deve marcar mais atrás, fechar os espaços, como tem feito com sucesso, para contra-atacar com os jovens e velozes atacantes.
Lucas Moura vai jogar pela direita indo para o centro, como gosta de fazer, ou pelo meio formando dupla de ataque com Calleri, já que Luciano está suspenso. O colombiano James Rodríguez é outra opção.
Na outra semifinal, o Flamengo, no Maracanã, mesmo com problemas internos, é o favorito para chegar à final, pois atua em casa e tem dois gols de vantagem. O Grêmio é um time envolvente no ataque, com muitas trocas de passes e triangulações.
Nas duas partidas, dois veteranos —Suárez, do Grêmio, e Renato Augusto, do Corinthians— iluminam o espetáculo. A bola para os dois parece uma extensão do corpo.
No Brasileirão, não vou dizer mais que o Botafogo é um mistério, pois as qualidades individual, coletiva, emocional e estratégica da equipe são visíveis, claras. Não há mistério.
No fim de semana voltaram os campeonatos europeus. Os times ingleses, além de terem os melhores jogadores, executam com mais eficiência e regularidade os fundamentos técnicos e estratégicos modernos, como a compactação, a diminuição da distância entre os jogadores mais recuados e mais adiantados, sabem defender e atacar com mais jogadores, jogar com mais intensidade e velocidade, além de pressionar em todo o campo, desde o goleiro para recuperar a bola, entre outros detalhes.
O desenho tático e os números que o representam não têm mais importância na avaliação de uma equipe, já que os jogadores não param de correr, ocupam várias posições e exercem mais de uma função. A cada instante, existe um desenho tático diferente. Os times repetitivos, em que os esquemas táticos são rapidamente compreendidos pelos analistas, são geralmente os menos eficientes.
Na Espanha, o Real Madrid comandado por Ancelotti, que não quer falar sobre seleção brasileira antes de junho de 2024, mudou a tradicional maneira de jogar. Vinicius Junior, que sempre foi, durante toda a carreira, um ponta-esquerda que às vezes entrava pelo meio, passou a fazer dupla de ataque com Rodrygo. A falta de um bom substituto para Benzema foi a razão das mudanças.
No lugar de ter um trio no meio campo, dois pontas abertos e um centroavante, o Real tem agora um quarteto no meio e uma dupla de ataque. O jovem Bellingham, meio campista inglês, contratado pelo Real, que já brilhou na Copa de 2022, atua de uma área à outra. Com suas passadas largas, ele marca mais atrás, cria muitas jogadas e ainda aparece na frente para finalizar.
Por que, há décadas, o Brasil não tem esse tipo de jogador? Deduzo que nas categorias de base, até hoje, os treinadores escalam esse tipo de atleta para atuar como meia-atacante, na visão ultrapassada de dividir o meio campo entre os volantes e os meias-atacantes.
A fila anda, hoje corre, no mundo atual apressado e afobado. Messi foi para o EUA e Cristiano Ronaldo foi para a Arábia, onde ganharão fortunas e farão a transição de atletas para a aposentadoria e para a eternidade. Mbappé é o atual herdeiro de trono.
Neymar, que poderia ser outro concorrente, vai também para a Arábia. Apesar ter apenas 31 anos, a sua ida passa a impressão, simboliza, que é o início do fim de sua carreira.
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