Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Em plena safra, importação de soja aumenta 215%

Importações totais do país crescem 52% em março, puxadas até por medicamentos

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As importações de soja, em plena safra, aumentaram em 215% no mês passado, em relação a igual período de 2020. Os medicamentos e produtos farmacêuticos, com gastos de US$ 601 milhões, registraram elevação de 53% no período.

No caso da soja, as empresas se prepararam para o pior —o que não ocorreu— e anteciparam compras. A colheita estava atrasada, mas se recuperou, e a oferta interna da oleaginosa foi normalizada.

Na caso da saúde, foi o contrário. A pandemia se acentuou, e governo e o setor tiveram de intensificar as importações em março, em relação a igual período de 2020.

Colheita de soja em Mato Grosso; estado é responsável por 10,2% da produção mundial
Colheita de soja em Mato Grosso; estado é responsável por 10,2% da produção mundial - Secom

Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) desta quinta-feira (1º) indicam exportações de 13,9 milhões de toneladas de soja em março, 37% mais do que em 2020. As importações, embora tenham atingido um percentual elevado, foram de 79 mil toneladas.

As exportações totais do país somaram US$ 24,5 bilhões no em março, 28% a mais. Já as importações, ao chegarem a US$ 23 bilhões, superaram em 52% as de março de 2020.

Pesaram, ainda, no setor agrícola, as compras externas de cereais, principalmente as de milho (mais 65%) e as de trigo (8%).

As expectativas da continuidade de bons preços e de nova expansão de área neste ano fazem com que as indústrias se preparem para mais um período de boas vendas.

As importações de adubo atingiram 2,91 milhões de toneladas no mês passado, com gastos de US$ 721 milhões, 11% mais do que em igual mês de 2020. Já as compras de agroquímicos somaram 34,9 mil toneladas, 80% mais no período.

O açúcar continua sendo um dos destaques da balança. Em março, o país colocou 1,98 milhão de toneladas no mercado externo, no valor de US$ 640 milhões.

As carnes mantêm tendência de alta. No mês passado, as exportações da bovina fresca, refrigerada ou congelada somaram 133,8 mil toneladas, o maior volume para os meses de março.

As receitas subiram para US$ 617 milhões, um montante que, com o dólar médio a R$ 5,64 no mês, somou R$ 3,5 bilhões. Esse valor, porém, está bem distante dos US$ 5,36 bilhões da soja em grãos. Neste caso, as receitas, em reais, atingem R$ 30 bilhões.

O Brasil também exportou mais carne de aves. O volume chegou a 367 mil toneladas, com receitas de US$ 550 milhões. O preço internacional da tonelada, no entanto, recuou 3%.

As vendas externas de carne suína, devido à continuidade da demanda chinesa, subiram para 97 mil toneladas, 46% mais do que no ano passado, aponta a Secex.

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