Dois grandes nomes da intelectualidade vão sair em novas editoras no ano que vem.
A Fósforo tem planos de lançar as principais obras de Ludwig Wittgenstein, austríaco morto em 1951 que se consolidou como um dos grandes nomes da filosofia no século 20 e agora terá seu alcance ampliado no Brasil.
Em 2022 serão lançados “Investigações Filosóficas” —sua obra de referência, que estava esgotada após ter saído pela Vozes— e “Sobre a Certeza”, o último e mais radical livro escrito pelo autor, que nunca havia tido edição brasileira.
Ambos terão tradução direta do alemão por dois especialistas em Wittgenstein, Tiago Tranjan e Giovane Rodrigues.
Já Steven Pinker, linguista e psicólogo canadense que consolidou suas ideias sobre o iluminismo e o comportamento humano na Companhia das Letras, terá sua próxima obra lançada pela Intrínseca no semestre que vem.
O texto em questão é a tradução de “Rationality”, trabalho publicado este ano nos Estados Unidos que destrincha o que é a racionalidade e por que ela parece escassa nos nossos dias. O autor, aliás, falará no ciclo Fronteiras do Pensamento em setembro.
SULISTA José Falero aumenta seu catálogo na Todavia em outubro com “Mas em que Mundo Tu Vive?”, uma coleção das crônicas semanais publicadas pelo gaúcho na revista digital Parêntese ao longo dos anos. Além disso, seu romance “Os Supridores”, elogiado pela crítica, fechou contrato para ganhar traduções em inglês e francês e teve seus direitos de adaptação comprados pela produtora RT Features.
SULAMERICANO O escritor e ativista chileno Pedro Lemebel, morto em 2015, terá pela primeira vez suas obras publicadas no Brasil. A Zahar começa, no ano que vem, com uma coletânea de ensaios que traz textos sobre as culturas indígenas, o pinochetismo e a contracultura queer em Santiago. E em 2023, a Companhia das Letras publica seu único romance, “Tengo Miedo Torero”, sobre a paixão de uma travesti e um guerrilheiro cis durante a ditadura.
MERCOSUL A editora Unesp fechou acordo de cooperação com a Editorial Universitária de Buenos Aires para um projeto de que facilitará a circulação de suas obras na Argentina. O modelo de coedição internacional do convênio prevê a tradução ao espanhol e a publicação de parte do acervo da Unesp no país vizinho.
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