Painel das Letras

Coluna assinada por Walter Porto, editor de Livros.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel das Letras
Descrição de chapéu Livros

Tinta-da-China contrata editora-executiva e aposta em antifascismo e Pessoa

Mariana Delfini assume o braço brasileiro da casa, sob o guarda-chuva da Associação Quatro Cinco Um

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A editora Tinta-da-China Brasil acaba de contratar Mariana Delfini para um recém-criado posto de editora-executiva da casa.

mulher loira de blusinha preta posa contra janela em foto preto e branco
A editora Mariana Delfini, que assume a Tinta-da-China Brasil - Divulgação

A operação brasileira da editora portuguesa existe desde 2013 e era dirigida desde então pela fundadora Bárbara Bulhosa, mas no último ano passou às mãos da Associação Quatro Cinco Um.

Paulo Werneck, presidente da instituição que abriga ainda a revista homônima e a Feira do Livro, cuja segunda edição aconteceu em junho no Pacaembu, era o responsável direto pelo trabalho da editora. Agora Delfini assume mais de perto as publicações da casa, com que já colaborava há meses.

Com trabalho sólido também como crítica e tradutora, ela amplia apostas que têm se revelado o cerne da nova encarnação da Tinta-da-China: trabalhos que investigam criticamente os autoritarismos e preciosidades dos estudos literários.

Da primeira leva, vêm aí "Salazar e os Fascismos", um volume robusto do professor português Fernando Rosas, publicado logo antes da pandemia e popular no país, e "Morte e Ficção do Rei Dom Sebastião", do pesquisador André Belo, que extrapola o sebastianismo para estudar o fenômeno dos messianismos.

Na outra vertente, deve sair no próximo mês uma nova coleção chamada Ensaio Aberto com duas obras inaugurais: um grande volume com os principais textos da crítica Eliane Robert Moraes sobre o erotismo na literatura nacional, chamado "A Parte Maldita Brasileira"; e um texto ensaístico de perfil mais lírico de Paloma Vidal sobre Roland Barthes.

Mas talvez a menina dos olhos de Delfini seja um projeto especial a que se dedica desde sua entrada na editora: uma caixa com fac-símiles de "O Livro do Desassossego", de Fernando Pessoa, que comporta 177 folhas, entre datiloscritos e manuscritos, permitindo uma leitura mais lúdica e um mergulho mais profundo no autor português.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.