Começa operação de bloqueio às favelas da Rocinha e do Vidigal
A operação para tomar os morros do Vidigal e da Rocinha, na zona sul do Rio, começou por volta das 4h15 deste domingo, com três tanques blindados da Marinha chegando nas proximidades da Rocinha vindos pela estrada da Gávea.
Veja galeria de imagens da ocupação
Polícia vasculha casa de luxo de traficante
Helicóptero da polícia lança panfleto pedindo denúncia
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Sem confronto, favela da Rocinha é ocupada
Por volta das 6h, foram ouvidos fogos de artifício, possivelmente disparados pelos traficantes. Houve um princípio de incêndio, e durante alguns momentos era possível ver chamas, seguidas de muita fumaça. Não houve nenhuma explosão, e aparentemente o fogo foi causado pela queima de algum material inflamável em alguma ruela ou barraco, deixando a polícia em alerta.
Cinco helicópteros, sendo pelo menos um da Polícia Civil, sobrevoam os morros, e na Rocinha há também 5 carros da Polícia Militar, 4 da Polícia Rodoviária Federal, 2 da Polícia Civil e um veículo com a inscrição "UPP" (Unidade de Polícia Pacificadora) no local.
As principais vias de acesso às favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu foram bloqueadas a partir das 2h30.
A medida faz parte da Operação Choque de Paz, que começa durante a madrugada de domingo e marca a ocupação das comunidades pelas forças policiais, para instalar a 19ª UPP no Estado. Ainda como parte da ação, a Polícia Rodoviária Federal fará bloqueios nas principais saídas do Rio de Janeiro, enquanto a Polícia Federal vai intensificar as ações de inteligência.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, serão interditadas a autoestrada Lagoa-Barra (nos dois sentidos), a avenida Niemeyer, a estrada do Joá, a rua Marquês de São Vicente e a estrada das Canoas.
Um hospital de campanha com seis leitos e três ambulâncias está sendo montado pelo Corpo de Bombeiros na quadra da Escola de Samba Acadêmicos da Rocinha, na parte baixa da favela.
O Hospital Miguel Couto, na zona sul, foi designado pela secretaria municipal de Saúde como principal unidade para atendimento de eventuais feridos.
Já a secretaria municipal de Transportes orientou os consórcios de empresas de ônibus que administram as linhas regulares que passam pela Rocinha e pelo Vidigal para atender à população da forma mais segura possível, respeitando as regras estabelecidas pela Secretaria de Segurança nas áreas.
As linhas com pontos dentro das comunidades deverão embarcar e desembarcar passageiros, temporariamente, fora da área de bloqueio.
No caso dos ônibus que operam em rotas que passam pelas áreas que serão ocupadas, os consórcios deverão planejar rotas alternativas.
Ontem (12), véspera da ocupação, policiais do Batalhão de Choque reforçaram as revistas a carros e pessoas nos acessos às favelas.
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