'Deu para ouvir ela caindo', diz testemunha no Hopi Hari
Testemunhas ouvidas pela polícia ontem afirmaram que viram o momento em que a trava que protegia Gabriella Yukari Nichimura abriu. A garota de 14 anos morreu após cair de um brinquedo do parque Hopi Hari, na manhã desta sexta-feira (24).
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Editoria de Arte/Folhapress |
"No momento da freada brusca, olhei para cima. Vi quando a trava se levantou e ela caiu. O barulho da pancada foi forte. Fiquei muito apavorada", disse a turista mineira Cátia Damasceno, 30, ainda transtornada na porta da delegacia. Segundo o delegado Álvaro Santucci Jr., outras duas testemunhas que prestaram depoimento disseram ter visto o equipamento de segurança destravado.
O músico Victor Kawamura, 20, foi um dos que presenciaram o acidente. "Fiquei olhando e, na hora da brecada, a menina caiu. Ela chegou a gritar e, depois, deu para ouvir o barulho. A trava estava levantada e ela caiu de cabeça. Foi horrível", relatou.
A professora Lilian Galdino, 29, estava ao lado da vítima, no brinquedo. "Ela estava como todo o mundo fica, mas estava segurando embaixo e não na trava", disse.
A polícia ainda vai ouvir representantes do parque e os pais da adolescente. O inquérito deve ficar pronto em até 30 dias.
A principal hipótese é que a trava de segurança se abriu quando o brinquedo, conhecido por Torre Eiffel, começou a frear, a cerca de 25 metros do chão.
Gabriella caiu do brinquero por volta das 10h20. Ela foi encaminhada ao hospital com traumatismo craniano, mas chegou sem vida ao local. Segundo a polícia, ela estava no parque com a mãe e o pai, que são brasileiros--eles passam férias no Brasil.
Segundo o delegado de Vinhedo, Álvaro Santucci não há como dizer se foi a própria jovem que conseguiu se soltar ou se a trava foi fechada incorretamente. "Até o momento, descarto a possibilidade de ela ter escorregado pelo vão entre a trava e a cadeira", disse.
Ontem foram ouvidos apenas visitantes do parque. Durante a tarde, a perícia realizou inúmeros testes com o brinquedo, que está interditado. Em nenhuma das simulações a trava se abriu. Representantes do Hopi Hari devem prestar depoimento na próxima semana.
"Pelo que apuramos, o brinquedo estava com manutenção em dia e operando normalmente, mas vamos analisar mais documentos no inquérito", afirmou o delegado.
OUTRO CASO
Em setembro de 2007, o estudante Arthur Wolf, 15, morreu após passar mal em uma atração chamada Labirinto (um corredor de 130 metros com salas, atores vestidos de monstros, fumaça cenográfica e jogos de luzes).
O estudante integrava uma excursão com cerca de 200 alunos do Centro Educacional Etip, de Santo André (na Grande São Paulo). O grupo passou o dia no parque com professores.
Rochelle Costi - 27.nov.99/Folhapress | ||
Acidente na Torre Eiffel, do Hopi Hari, matou uma adolescente |
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