Forças de segurança ocupam favelas de Manguinhos e Jacarezinho, no Rio
Cerca de 2.000 homens --entre fuzileiros navais e policiais civis, militares e rodoviários federais-- ocupam desde o início da manhã deste domingo (14) as favelas de Manguinhos e Jacarezinho, na zona norte do Rio. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a operação, que durou 20 minutos, começou às 5h e conta com 24 carros blindados e sete aeronaves.
Mais cedo, houve troca de tiros entre militares e criminosos no morro do Jacarezinho, mas até as 6h30 não havia informações de feridos. Já em Manguinhos, houve apenas o aviso de chegada da tropa através de fogos de artifício.
J. Eloy/Folhapress | ||
Fuzileiros navais aguardam início da ocupação do complexo de favelas de Manguinhos, zona norte do Rio |
Barricadas de ferro e concreto --montadas pelo tráfico-- foram desmontadas com a ajuda de retroescavadeiras. Um blindado da Marinha chegou a passar por cima de uma das barreiras montadas nas vias de acesso à favela de Manguinhos.
Também foram ocupadas as favelas Mandela e Varginha. A operação visa implantar nos próximos meses uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região. A data não foi divulgada.
De acordo com o IPP (Instituto Pereira Passos), órgão municipal, 36.160 mil pessoas vivem nessas favelas, que pertencem ao Complexo de Manguinhos --localizado no entorno da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
De acordo com a Secretaria de Segurança, outros 400 PMs estão operando simultaneamente na Baixada Fluminense e em outras regiões da zona norte e na zona oeste.
OCUPAÇÃO
Na sexta-feira, policiais militares fizeram blitzes nas vias de acessos às favelas. A reportagem passou pela região e avistou barricadas de ferro e concreto formadas por traficantes nas entradas das comunidades. Homens do Bope (Batalhão de Operações Especiais) circulavam em picapes no entorno do Jacarezinho. Eles revistavam suspeitos e acompanhavam o movimento no local.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, negou que as favelas do Jacarezinho e Manguinhos serão ocupadas por conta do resgate do traficante Diogo de Souza Feitosa, o DG, na 25ª DP (Engenho Novo), no início de julho.
"Nossa ideia é de recuperar território e levar paz para aquelas pessoas e garantir a liberdade de ir e vir. Nós não podemos fazer e não vamos fazer de um marginal um troféu. Isso é consequência de um trabalho", disse.
Na ocasião, Feitosa foi resgatado na delegacia por 15 homens armados com fuzis identificados como traficantes das favelas de Manguinhos, Mandela e Jacarezinho. Houve troca de tiros, mas os criminosos conseguiram fugir.
MORTES
Na madrugada de sábado, cinco suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas morreram durante uma operação de policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), no morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, zona norte do Rio.
Com a Efe
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