Haddad anuncia os 'técnicos' de sua gestão
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou na tarde desta segunda-feira os cinco primeiros secretários de sua gestão.
O grupo tem perfil mais técnico do que político e inclui nomes próximos ao petista. Três dos cinco escolhidos são formados na USP --a exemplo de Haddad.
Coordenador da campanha e do grupo de transição de Haddad, o vereador Antonio Donato (PT) será o secretário de Governo. É o titular com perfil mais político entre os cinco anunciados hoje.
Entre suas principais funções está a interlocução entre secretarias de governo e com a Câmara Municipal.
Uma das prioridades do governo no Legislativo será a aprovação do novo plano diretor do município. Após ser anunciado secretário, Donato disse que vai trabalhar para aprovar o projeto em 2013.
"Definir prazos sempre é arriscado, mas nossa vontade é aprová-lo em 2013 para que produza efeitos nesse próprio governo", disse.
Jorge Araújo/Folhapress | ||
Fernando de Mello Franco, Antonio Donato, Haddad, Leda Maria Paulini e Luis Fernando Massoneto |
No primeiro grupo de secretários estão ainda dois amigos de Haddad.
Leda Paulani, professora de economia da USP, vai ocupar a secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão. Ela trabalhou com o petista na Secretaria de Finanças na gestão Marta Suplicy.
A pasta terá a missão de garantir recursos para o cumprimento de algumas das principais promessas de campanha de Haddad, como o fim da taxa de inspeção veicular e a criação do Bilhete Único Mensal.
O advogado Luís Fernando Massonetto, que foi chefe de gabinete de Haddad no Ministério da Educação, será o titular de Negócios Jurídicos.
O arquiteto Fernando de Mello Franco é outro secretário que passou pela USP. Uma de suas missões na pasta será reformar o polêmico projeto Nova Luz.
A pasta administra o pagamento dos precatórios municipais. O valor atual da dívida é de R$ 16,5 bilhões.
Para a secretaria de Finanças, o prefeito eleito nomeou o engenheiro elétrico Marcos Cruz, sócio da consultoria McKinsey & Company.
Ele será uma das responsáveis por conduzir as tentativas de renegociação da dívida do município com a União, que gira em torno de R$ 60 bilhões, duas vezes a receita do município.
Cruz não foi à apresentação dos secretários porque estava viajando. Segundo Haddad, ele deixará a consultoria para assumir a pasta.
Durante o evento, o petista disse que quer apresentar a maioria de seus secretários até o final do mês.
Ele afirmou que priorizou a escolha destes secretários porque ocuparão "pastas-meio", que se relacionam com todo o governo.
Apesar do perfil técnico do grupo indicado ontem, Haddad afirmou que dará espaço para nomes políticos e que fará um governo de coalizão.
"Haverá uma pluralidade quase que obrigatória de perfis", disse.
A fala é um recado a petistas que cobram a nomeação de nomes do PT para pastas-chaves da administração, como Saúde e Educação, e a partidos aliados que esperam ser contemplados.
Mais cedo, Haddad encontrou em Brasília o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, para negociar a participação do PP, do ex-prefeito Paulo Maluf, no governo Haddad, e parcerias com o governo federal. (EDUARDO GERAQUE E LUIZA BANDEIRA)
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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