Ex-prefeito acusado de pedofilia é condenado a 12 anos de prisão no AM
Preso desde fevereiro, o ex-prefeito de Coari (a 363 km de Manaus) Adail Pinheiro foi condenado nesta terça-feira (18) a 11 anos e dez meses de prisão por crimes envolvendo exploração sexual infantil. Cabe recurso.
Além dele, outros quatro servidores municipais de Coari foram condenados no mesmo processo, incluindo o ex-secretário de Governo Adriano Salan. Todos receberam penas que variam de 10 a 13 anos de prisão.
Pinheiro foi apontado como chefe de uma rede de exploração sexual infantil e ocupava o cargo de prefeito quando foi preso, em fevereiro. Em março, foi afastado do cargo. As investigações começaram em 2008, após denúncias de meninas que resultaram em escutas telefônicas com autorização judicial.
O ex-prefeito é réu em cerca de outros 50 processos na Justiça, incluindo ações de abuso de poder político e econômico e de improbidade administrativa. Gerador de gás e petróleo, Coari é um dos municípios mais ricos da região Norte.
Durante a sessão, no Tribunal de Justiça do Amazonas, em Manaus, dezenas de pessoas protestaram pedindo a condenação de Pinheiro.
Também nesta terça, Pinheiro foi condenado por contratar um funcionário sem concurso público, em outro processo. Recebeu pena de um ano e dois meses de serviços comunitários.
A reportagem tentou contato com o advogado de Pinheiro, sem sucesso. Em fevereiro, a defesa do ex-prefeito classificou as acusações como "fictícias" e afirmou que fazem parte de uma "orquestração política".
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