Patrulha protege mulheres de perto no Rio Grande do Sul
Um Sandero com o adesivo "Patrulha Maria da Penha" percorre as ruas de terra da periferia de Porto Alegre em busca da casa de E.L., 29, que denunciou o ex-companheiro que a ameaçava de morte.
A patrulha quer checar se ele a procurou e aproveita para explicar-lhe como será o acompanhamento do caso, perguntar os melhores horários para as próximas visitas e explicar seus direitos, como pedir pensão alimentícia.
No momento que a mulher decide dar um basta na violência que sofre em casa é a hora em que aumenta o seu risco. A medida protetiva, que proíbe o agressor de se aproximar da vítima, é útil, mas falta fiscalizar o seu cumprimento. "O assassinato doméstico é uma morte anunciada, porque o autor do crime ameaça, depois bate uma vez, duas", diz Raquel Arruda, 59, chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.
Há dois anos, foi criada a Patrulha Maria da Penha, batizada com o nome da lei que pune com mais rigor a violência doméstica, para diminuir o número de 91 mulheres mortas por homens de seu convívio familiar no Rio Grande do Sul (dado de 2012).
Com 80 policiais, as 21 patrulhas, distribuídas em 15 cidades gaúchas, atuam exclusivamente na fiscalização das medidas protetivas.
Para integrar a patrulha, o policial passa por treinamento em que aprende a lidar com vítimas desse tipo de violência. "É preciso obter mais dados sobre o que aconteceu, qual o tipo de relacionamento do casal, ir além do que está no boletim de ocorrência", afirma a tenente-coronel Nádia Gerhard, 46.
Em dois anos de atuação, nenhuma das 5.132 mulheres atendidas pelo projeto foi assassinada.
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