Quadrilha é presa por desvio de mercadorias em Viracopos
Uma quadrilha foi presa em flagrante com carga avaliada em US$ 3 milhões (cerca de R$ 8 milhões) no aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas (a 93 km de São Paulo), por suspeita de cometer os crimes de descaminho (importação sem o pagamento de impostos) e associação criminosa.
Dois despachantes aduaneiros, um funcionário do terminal de cargas do aeroporto e um comerciante foram detidos na noite de sexta (26), em ação conjunta da Receita e da Polícia Federal divulgada apenas nesta segunda-feira (29).
Foi apreendida 1,2 tonelada de tênis, eletrônicos e produtos de alto valor agregado, segundo a PF, além de R$ 26,2 mil e US$ 18,6 mil em dinheiro. Os produtos, provenientes de Miami (EUA), não foram declarados à Receita e haviam sido liberados pelo funcionário do aeroporto sem passar pelo processo legal de importação. O valor sonegado não foi informado.
A polícia interceptou um caminhão que levava a mercadoria após ele deixar o terminal de cargas do aeroporto e prendeu os dois despachantes. O comerciante foi detido com o dinheiro em um posto de gasolina dentro do sítio aeroportuário. O funcionário, segundo a PF, intermediou a liberação da carga.
O delegado Hermógenes Leitão Neto, responsável pela PF em Viracopos, afirma a quadrilha era investigada desde novembro, com o auxílio da concessionária que administra o aeroporto. "As filmagens das câmeras de segurança estão servindo de prova", diz o delegado. "Esse tipo de crime é bastante raro. O processo aduaneiro é bastante controlado, por isso chamou a atenção."
Em nota, a Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária que administra o aeroporto, afirma que "foi a própria concessionária que solicitou a investigação à Polícia Federal e à Receita Federal", após as equipes de logística e segurança "detectarem procedimento errado no processo interno de monitoramento de carga".
Pelos crimes de descaminho e associação criminosa, os suspeitos podem ser condenados por até oito anos de prisão. A fiança estipulada pela Justiça é de 200 salários mínimos (R$ 145 mil) para um dos detidos.
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