Moradores de ocupação fazem lista de pedidos, mas Haddad não vai a evento
A Prefeitura de São Paulo inaugurou na região central um laboratório de fabricação com impressoras 3D, chamados de FabLab. Os laboratórios foram criados no MIT (Massachusetts Institute of Technology), nos Estados Unidos, no começo dos anos 2000.
Pouco antes das 10h30, horário marcado para o início da inauguração com a presença do prefeito Fernando Haddad (PT), cerca de 50 moradores de uma ocupação no parque Sanfona, em Paraisópolis (zona sul), foram ao local para levar ao prefeito suas reivindicações. Haddad, no entanto, não compareceu ao evento.
Os moradores vivem há cerca de um ano em um prédio da região –segundo eles, com cerca de 600 famílias. Rejane Santos, 30, uma das moradoras do imóvel invadido, disse que a gestão Haddad pediu a reintegração de posse, o que, segundo ela, deve ocorrer no começo de abril.
"Reivindicamos atendimento habitacional para essas famílias, em Paraisópolis ou fora da comunidade. Estamos buscando uma conversa com o prefeito e viemos aqui para falar com ele", disse Rejane.
Segundo o secretário de Serviços, Simão Pedro, Haddad "inaugurou a primeira unidade [de FabLab] na Cidade Tiradentes. Hoje [terça] ele tem uma programação extensa, teria que dar uma passada aqui, estava na programação. Mas atrasou muito lá [em outro compromisso], então a agenda optou por ele não vir aqui", disse.
FABRICAÇÃO DIGITAL
Inaugurado na manhã desta terça-feira (8), o FabLab localizado na Galeria Olido, na avenida São João, é o primeiro do centro. Os FabLab atendem alunos da rede municipal, universitários interessados em programação e robótica, e será aberto à população em geral. O laboratório oferece cursos e oficinas de programação, robótica e fabricação digital.
As impressoras fazem, por exemplo, brinquedos, próteses, óculos e máscaras, entre outros.
Danilo Verpa/Folhapress | ||
Moradores de ocupação na zona sul vão à inauguração de laboratório de fabricação de produtos em 3D |
Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, quatro já estão em funcionamento (Cidade Tiradentes, Itaquera, Penha e Olido) e, até o final deste mês, serão no total 12 laboratórios funcionando. No centro, serão três FabLabs.
"Montamos uma rede de 12 laboratórios totalmente públicos, não só para a molecada, mas para o pequeno empresário que poderá construir uma peça, um protótipo. É um telecentro do futuro", disse Simão Pedro.
De acordo com o secretário, foram investidos R$ 3 milhões para equipamentos. "Pela importância e pela dimensão social, não é um custo caro, na nossa avaliação."
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