Protesto em SP contra redução de passe livre estudantil tem confusão
Uma mulher foi ferida pela Polícia Militar após confusão na noite desta terça-feira (18), durante protesto contra a redução na oferta do passe livre estudantil em São Paulo.
Segundo manifestantes, o ato ocorria de maneira pacífica, quando o cordão policial que fazia a retaguarda do protesto passou a exercer pressão para que a marcha da avenida Paulista à Prefeitura de São Paulo, no centro, tivesse ritmo mais acelerado. Ainda de acordo com participantes do protesto, os PMs empurraram os manifestantes com escudos para que eles andassem mais rápido.
Houve então reação, um dos policiais teria agredido um jovem com um chute e outro desferiu um golpe com um cassetete na cabeça de uma mulher. O episódio ocorreu na avenida 9 de julho, por onde o protesto descia até a prefeitura.
Segundo a Polícia Militar, a mulher foi agredida por manifestantes. Um vídeo publicado na quinta-feira (20) pelo site "Ponte", no entanto, mostra que a agressão partiu mesmo de um policial militar. Ainda na terça, a corporação informou desconhecer a confusão envolvendo o seu cordão de isolamento, por meio de sua assessoria de imprensa.
A polícia então chamou o Samu para atender à mulher, que ficou semiacordada, no chão, com um sangramento exposto na cabeça. Após mais de meia hora, a ambulância a levou para a Santa Casa, também na região central. A mulher não foi identificada.
Após o protesto, parte dos manifestantes burlaram o sistema do Metrô na estação Sé para embarcar. Houve confronto com guardas da companhia e cerca de cinco pessoas foram detidas e encaminhadas à delegacia do Metrô, na Barra Funda. Segundo a companhia, ninguém se feriu e não houve qualquer dano físico à estação.
Bruno Santos/Folhapress | ||
Mulher ferida na cabeça em protesto contra a redução no passe livre estudantil aguarda socorro |
PASSE LIVRE
Esta é a segunda manifestação estudantil contra a redução anunciada no Diário Oficial no dia 8 de julho, mas com efeitos práticos a partir de 1º de agosto, no retorno às aulas. O protesto foi convocado por entidades de classe como a UNE, a UBES e a UPES SP, além de estudantes secundaristas autônomos– o MPL (Movimento Passe Livre) não é um dos organizadores.
Estiveram presentes em torno de mil estudantes, segundo presentes, apesar do frio rigoroso que atinge a região metropolitana de São Paulo. A PM não fez uma estimativa de público no protesto. O ato seguiu até a prefeitura e se dispersou pouco antes das 22h.
De acordo com a mudança de regras da gestão João Doria (PSDB) na gratuidade da passagem a estudantes no transporte público, agora o estudante terá direito a fazer até quatro embarques em um período de duas horas, duas vezes ao dia.
Até então o estudante contava com até oito embarques ao dia, em um período de 24 horas, o que permite usar o passe livre para outros fins, como ir ao trabalho.
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