SP e Rio trocam 160 detentos acusados de ligação com facções criminosas
Os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro realizaram a transferência de ao menos 160 presos que são acusados de ligação com facções criminosas que agem nos dois Estados. A transferência ocorreu na quinta-feira (30) com autorização da Justiça e apoio do Ministério da Justiça e do Departamento Penitenciário Nacional.
Em geral, detentos são mantidos em unidades prisionais dos Estados onde foram presos. Mas, segundo analistas, no caso de membros de organizações criminosas, a transferência pode ocorrer para evitar conflitos entre facções dentro de presídios.
A reportagem apurou que detentos ligados ao CV (Comando Vermelho), que cometeram crimes em São Paulo, foram transferidos para o Rio de Janeiro. Criminosos do PCC (Primeiro Comando da Capital) foram enviados para São Paulo para cumprir pena por delitos cometidos no Rio.
Em nota, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro confirmou as transferências. "A Seap transferiu na manhã de ontem, 30 de novembro, 42 internos para São Paulo. Todos são paulistas e haviam cometido crimes no Rio de Janeiro", informou. As demais transferências devem ser feitas nos próximos dias. "A primeira etapa da operação foi concluída na quinta-feira (30). Nesta sexta-feira (1º), a operação transcorre com sucesso", informou o Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Da mesma forma a Seap recebeu ao menos 32 detentos cariocas que cometeram crimes em São Paulo e estavam presos no Estado paulista.
A transferência ocorreu por meio de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira).
Além do auxílio das Forças Armadas, a transferência teve forte apoio das polícias Militar e Civil de cada Estado, além de agentes penitenciários. Procurada, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) de São Paulo não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta reportagem.
Andressa Anholete/AFP | ||
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