Amaro era o mais velho dos seis filhos do artesão pernambucano Mestre Vitalino (1909-1963). Seguiu os passos do pai e, durante mais de 40 anos, dedicou-se a esculpir símbolos da cultura nordestina em barro.
Lampião e Maria Bonita, bandas de pífano e vaquejadas foram algumas das inspirações para suas obras, que eram vendidas para turistas, assim como as do pai, na tradicional Feira de Caruaru.
Caruaru, aliás, no agreste de Pernambuco, foi onde passou toda a vida. De segunda a sexta, focava as artes. Aos fins de semana, gostava de tomar uma cachaça e jogar dominó.
Era tímido e de personalidade introspectiva. Os poucos e bons amigos eram do bairro em que vivia. A memória aguçada era um dos seus traços mais marcantes. Sabia de cabeça o aniversário de qualquer pessoa e se orgulhava desse dom.
Há cerca de 15 anos, sofreu um acidente e perdeu os movimentos de uma das mãos, o que o fez parar de trabalhar.
O artesão vivia havia quatro anos na Casa dos Pobres São Francisco de Assis. Morreu na última segunda (2), aos 85 anos, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Deixa dois irmãos e 50 sobrinhos.
A família celebrará uma missa em homenagem a ele no domingo (8), às 17h, na Paróquia São José, em Caruaru.
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