Descrição de chapéu Obituário Antônio Celso Ribeiro (1939 - 2022)

Mortes: Engenheiro de grandes obras, manteve-se sempre perto da família

Antônio Celso Ribeiro demonstrou ainda criança aptidão para mexer com eletricidade

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São Paulo

Engenheiro especializado em obras de geração de energia, Antônio Celso Ribeiro lidava com correntes elétricas e grandes usinas com a serenidade que marcou toda a sua vida.

Demonstrou aptidão para a área ainda novo, lembra seu irmão José Hamilton Ribeiro, jornalista. "Ele desde muito cedo mexia em coisas das quais crianças têm medo, como mudar tomadas de lugar", recorda.

Nascido em 1939 na pequena Santa Rosa de Viterbo, na região de Ribeirão Preto (SP), Antônio Celso foi o sétimo de oito filhos de um casal de produtores rurais.

O engenheiro Antonio Celso Ribeiro deitado na rede
O engenheiro Antonio Celso Ribeiro - Arquivo pessoal

Quando cresceu, decidiu transformar as brincadeiras com fios e interruptores em ofício. Mudou-se para Uberaba (MG), onde conheceu a mulher, Edilce, e fez faculdade de engenharia.

Trabalhou algum tempo na Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e atuou em obras como a da implantação da usina hidrelétrica de Volta Grande, na divisa entre São Paulo e Minas.

Com sete filhos, levava a família aonde fosse. "Íamos todos à obra, morávamos na vila ao lado da usina", lembra seu filho Antônio Caio, também engenheiro.

Não foi diferente quando Antônio Celso foi chamado para trabalhar na implantação do Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, nem quando voltou a Minas Gerais para trabalhar na fazenda da família, a pedido do sogro.

"O grande legado do meu pai foi mostrar que a maior riqueza que podemos ter é ficar perto da família", diz o filho.

Reunia todos em casa, brincava com trocadilhos, inventava codinomes e, quando tinha algum problema, dizia: "tudo vai passar".

De volta a Minas, Antônio Celso virou pecuarista, mas continuou com a alma de engenheiro, diz Antônio Caio. Comandava de perto instalações elétricas e ajudava sempre quem precisava de alguma coisa na área.

Ao visitar Foz do Iguaçu, ficou impressionado não só com a exuberância da natureza, mas também com a usina de Itaipu. "Apreciava o esforço humano para domar a água", lembra José Hamilton.

A relação entre os dois irmãos era marcada por uma admiração recíproca. "Minha mãe costumava brincar que as consultas médicas do meu pai eram meia hora de consulta e meia hora para falar do José Hamilton", lembra o filho de Antônio Celso.

A religiosidade era outra característica marcante. Católico praticante, não deixava de fazer uma pausa para rezar aos domingos nem se estivesse no meio do turbilhão de uma obra.

Morreu no domingo (14), de falência de múltiplos órgãos após uma pneumonia. Deixa Edilce, sete filhos e 12 netos.

A missa de sétimo dia acontecerá no sábado (26) na paróquia Santíssimo Sacramento, em Uberaba, às 17h.

​​coluna.obituario@grupofolha.com.br

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